Clássicos do Catálogo | O mundo como vontade e como representação, de Schopenhauer

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segunda-feira, 11 de julho de 2022

Arthur Schopenhauer

A obra destacada nos Clássicos do Catálogo desta semana é O mundo como vontade e como representação Tomo I - 2ª edição, de Arthur Schopenhauer. Para além de sua importância na filosofia alemã do século XIX, a obra figura como um dos pontos altos de todo o pensamento ocidental.

Schopenhauer edificou uma visão de mundo que moldou a visão moderna, sendo fundamental para a constituição dos sistemas filosóficos e científicos de autores como Nietzsche, Freud, Wittgenstein e Popper, sem falar de seu impacto na obra de escritores como Tolstoi, Jorge Luis Borges, Thomas Mann, Machado de Assis e Augusto dos Anjos. Também foi o primeiro filósofo ocidental a realizar a intersecção de toda a  filosofia de inspiração platônica-kantiana com a filosofia oriental. 

Dividido em quatro partes, O mundo como vontade e como representação parte da divisão kantiana do universo em fenômeno e noumenon (a coisa-em-si) para promover o cruzamento da realidade empírica com a consciência humana. Em um todo coerente que maneja habilmente Metafísica, a Ética e a Estética, o pensamento schopenhaueriano nos fornece a ideia do mundo como a representação que faço dele e no qual a Vontade − e não a razão − é a força maior que comanda as ações humanas.

No Livro I, Schopenhauer investiga os fenômenos da realidade no tempo e no espaço e na causalidade. Ou seja, aborda como as intuições empíricas atuam na formação do nosso conhecimento do mundo e enfrenta a terrível questão da condição humana que é a sua mortalidade.

O Livro II trata da “objetividade da Vontade”, investigando o noumenon, que Kant acreditava estar fora do alcance de nossa cognição. 

A Metafísica do Belo, no Livro III, eleva a contemplação estética a um estado de forma de conhecimento do mundo, sendo a transcendência pela arte a forma mais efetiva para a suspensão da dor que é inerente à conduta humana.

Já o Livro IV retoma o conceito de Vontade para sistematizar uma “metafísica da ética”. Na “Crítica da filosofia kantiana”, Schopenhauer assinala os pontos de discordância com o sistema filosófico que permitiu o melhor de seu “próprio desenvolvimento”. 

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Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp
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