Dia da Literatura Brasileira celebra produção de autores nacionais

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terça-feira, 2 de maio de 2023

Data é comemorada no aniversário de José de Alencar

O Brasil é prolífico na produção de grandes escritores. Dos mais contemporâneos até os nomes clássicos mais graúdos, reconhecidos e celebrados lá fora − como Machado de Assis e Guimarães Rosa −, a literatura brasileira é riquíssima. Como forma de celebrar os autores e as autoras, do presente e do passado, escolheu-se o dia 1º de maio para comemorar o Dia da Literatura Brasileira, para homenagear o escritor cearense José de Alencar, nascido nesta data em 1829.

A seguir, listamos algumas obras da Editora Unesp que tratam da literatura ou são obras de literatura.

Confira:

Iracema: Lenda do Ceará
Autor: José de Alencar | 192 páginas | R$ 44

Perdido durante uma caçada na região serrana do Ceará do século XVII, o colonizador português Martim é alvejado pela flecha da índia Iracema. Inicia-se assim a relação que alegoriza o surgimento de um novo povo e uma nova nação, questão seminal das obras de José de Alencar. Por meio de belas metáforas e texto bem ritmado, o autor se mantém fiel ao projeto romântico de criar uma literatura nacional, tarefa na qual Alencar se destaca entre os escritores de sua época.

Memórias de um sargento de milícias
Autor: Manuel Antônio De Almeida | 256 páginas | R$ 48

Escritor numa época em que a ficção era marcada pela idealização romântica, Manuel Antônio de Almeida rompeu o ciclo de heróis aristocráticos para narrar o cotidiano das classes populares e de seu anti-herói por excelência: o malandro. Além do protagonista, essa “crônica de costumes” acompanha o cotidiano de outros tipos comuns do Rio de Janeiro dos tempos de dom João VI, todos marcados por algum desvio de caráter manifesto ou latente.

O Ateneu: Crônica de saudades
Autor: Raul Pompeia | 224 páginas | R$ 46

Rio de Janeiro, anos 1870. O jovem Sérgio ingressa em uma prestigiosa instituição de ensino reservada à aristocracia e à burguesia carioca e se encontra imerso em um universo violento, cujos códigos ainda não domina. Romance de formação por excelência, esta obra não se acomoda no figurino realista da época: dono de um estilo singular, Raul Pompeia se sobressai pelo traço expressionista com que desenhou com destreza e refinamento seus personagens.

O cortiço
Autor: Aluísio Azevedo | 284 páginas | R$ 59

Romance de caracteres múltiplos, mas de destino coletivo, esta obra aborda temáticas pouco comuns para sua época – sexualidade, adultério, racismo, prostituição –, para expor os males da promiscuidade da vida de trabalhadores pobres, amontoados em habitações coletivas e submetidos à exploração inescrupulosa. Alegorizando o Brasil do século XIX, Aluísio Azevedo exprime a visão pessimista de sua época, marcada pela concepção determinista do meio físico.

Macunaíma: O herói sem nenhum caráter
Autor: Mário de Andrade | 188 páginas | R$ 45

Em Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, Mário de Andrade radicaliza o uso literário da linguagem oral e popular que já havia utilizado em seus livros anteriores e mistura folclore, lendas, mitos e manifestações religiosas de vários recantos do Brasil, como se fizessem parte de uma unidade nacional. Macunaíma, que ora é índio negro ora é branco, até hoje é considerado símbolo do brasileiro em vários sentidos: o do malandro esperto, amoral, que sempre consegue o que quer, e o do povo perdido diante de suas múltiplas identidades. Nas palavras do próprio autor, “Macunaíma vive por si, porém possui um caráter que é justamente o de não ter caráter”.

Urupês
Autor: Monteiro Lobato | 164 páginas | R$ 40

Urupês é uma coletânea de contos e crônicas do escritor brasileiro Monteiro Lobato, considerada sua obra-prima e publicada originalmente em 1918. Inaugura na literatura brasileira um regionalismo crítico e mais realista do que o praticado anteriormente, durante o romantismo.

A relíquia: Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia
Autor: Eça de Queirós | 256 páginas | R$ 50

Teodorico Raposo vive às expensas da tia beata e avarenta, esperando um dia herdar-lhe a fortuna. Dissimulando devoção religiosa, mas sem abrir mão de prazeres mundanos, ele atende ao pedido de Titi e parte em peregrinação pela Terra Santa em busca uma relíquia sagrada. Compõe-se, em paralelo, um divertido afresco da sociedade portuguesa da época, em uma crítica mordaz à hipocrisia e aos excessos da religião.

Quincas Borba

Autor: Joaquim Maria Machado de Assis | 256 páginas | R$ 48

Quando morre o filósofo louco Quincas Borba, ele deixa ao ingênuo amigo Rubião a totalidade de suas posses, com uma única condição: Rubião deve cuidar de seu cachorro, que também se chama Quincas Borba, e que poderia ter assumido a alma do filósofo morto. Rico, Rubião segue então para o Rio de Janeiro e mergulha em um mundo onde é cada vez mais difícil separar a fantasia da realidade.

Triste fim de Policarpo Quaresma

Autor: Lima Barreto | 248 páginas | R$ 48

Homem de grande dignidade e valores inquebrantáveis, Policarpo Quaresma é um ufanista convicto, vendo superioridade brasileira em qualquer tipo de comparação que se faça com estrangeiros. Não é raro, porém, que a realidade traia suas utopias mais entranhadas: seu idealismo o faz ser alvo de escárnio e perseguição na sociedade em que vive.

O professor e o escrivão Estudos sobre literatura brasileira e leitura
Autor: Carlos Erivany Fantinati |  R$ 76

A obra de Lima Barreto e a visão do escritor sobre a mulher e o negro; o amor, da perspectiva do personagem Riobaldo, de Guimarães Rosa; o livro Cadeiras proibidas, de Ignácio de Loyola Brandão, segundo um conceito literário surgido ainda na antiguidade; a letra da música Feijão maravilha, de Gonzaguinha, à luz do processo dialético da aprendizagem. Estes são alguns dos vários temas de que Carlos Erivany Fantinati se ocupa nesta obra, sintetizando sua longa carreira acadêmica.

Papéis de prosa: Machado & Mais
Autor: Antonio Carlos Secchin | 264 páginas | R$ 56

O leitor deste volume certamente concordará com João Cabral, que admirava a produção poética e crítica de Antonio Carlos Secchin. "Papéis de prosa" reúne discursos acadêmicos, entrevistas, uma reflexão sobre a língua portuguesa e ensaios sobre a literatura brasileira, com destaque à obra de Machado de Assis. As análises percorrem os meandros de cada texto em busca de novas relações simbólicas. Em seu conjunto, são recortes pensados e elaborados por um olhar agudo, e escritos com senso plástico e concisão: faca só lâmina. Para o deleite do leitor, a minuciosa mirada analítica de Secchin é movida por um sopro lírico, tornando esses ensaios uma prosa também poética. Milton Hatoum

Monteiro Lobato, livro a livro: obra infantil
Orgs. Marisa Lajolo, João Luís Ceccantini | 512 páginas | R$ 100

Escrito a muitas mãos por professores e pesquisadores de diferentes instituições brasileiras, este livrose ocupa do inventor do Sítio do Picapau Amarelo. Precedido de discussões breves sobre linguagem, imagens, ilustrações e práticas editoriais do escritor, cada capítulo dedica-se a um título de sua produção infantil. Além de permitir sempre um novo olhar sobre a expressividade e o significado de cada livro de Monteiro Lobato direcionado às crianças brasileiras, uma das novidades desta coletânea é apresentar o percurso cumprido obra a obra, empreendendo uma visita à oficina do autor e buscando recuperar a forma com que ele se dedicava a reescrever seus textos, promovendo numerosas alterações e renovando, a cada edição, o pacto estabelecido com seus leitores.

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