Grande nome da filosofia moderna, David Hume faz 305 anos

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sexta-feira, 6 de maio de 2016

David Hume

Nascido em Edimburgo, Escócia, no dia 7 de maio de 1711, David Hume foi filósofo, historiador, economista e ensaísta. Ficou conhecido por ser um dos maiores expoentes do empirismo com o pensamento voltado ao ceticismo positivo. Sua teoria levanta a hipótese de que exitem duas formas de percepção: as impressões e as ideias. Em função disso, pontua que toda ideia não atestada por comprovação é digna de ser rejeitada. 

Entre suas principais obras, destacam-se Tratado da natureza humana, Investigações sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral, História natural da religião e História da Inglaterra, em conjunto com outros títulos, especialmente selecionadas pela Editora Unesp para a data.

Tratado da natureza humana - 2° edição
Autor: David Hume | 760 páginas | R$ 110,00

Dividida em três livros, a obra analisa de maneira cética e singular os princípios da natureza humana, aplicando aos problemas éticos e à filosofia moral o raciocínio experimental que Newton implantou no estudo da natureza física. Vemos como Hume - partindo da filosofia de Francis Bacon e do empirismo de John Locke - chega ao ceticismo, levando o empirismo a níveis altíssimos e fazendo a crítica da filosofia tradicional. É o estabelecimento deste novo conjunto de ideias que leva, por exemplo, Kant à formulação de sua filosofia (o autor alemão costumava dizer que Hume o despertou de seu “sonho dogmático”).
O Livro I aborda as percepções primordiais da mente humana, divididas em impressões e ideias. Segundo Hume, as impressões chegam à mente de maneira forte e violenta, como as sensações, paixões e emoções. Já as ideias são o reflexo e as imagens dessas impressões. O Livro II retrata as paixões, principalmente as dualidades orgulho-humildade, amor-ódio e vício e virtude. Após as reflexões, o pensador discorre sobre o livre-arbítrio e a curiosidade, chamada de amor à verdade e considerada a fonte de todas as investigações. E o Livro III trata da moral. Apesar de ser considerado pelo filósofo como independente dos outros tomos, esse trecho utiliza-se de toda a preparação efetuada anteriormente, discorrendo sobre os direitos civis, governos e sistemas internacionais, entre outros termos, relacionando a moral com o sentimento de prazer.

História da Inglaterra: da invasão de Júlio César à Revolução de 1688
Autor: David Hume | 472 páginas | R$ 78,00

Fundamentado na noção de que o que move a história é a busca de um povo pela liberdade, em contraposição ao poder e à autoridade exercidos pelo Estado, e interessado em demonstrar como este embate é responsável por erigir a Constituição inglesa, Hume desenvolve sua investigação sobre os fatos do passado lançando luz não apenas sobre a vida de reis, príncipes, parlamentares e militares – tal como era a tradição até então –, mas também sobre amplas e importantes esferas da sociedade, como a ciência, a religião, as artes, a economia e os costumes. Oferece descrições detalhadas e observações perspicazes dos eventos, assim como Montesquieu, Voltaire, Gibbon, Ferguson e Robertson, mas sua busca é por leis gerais enraizadas em princípios da natureza humana. Aplica seu ceticismo moderado ao estudo da história, explicita as causas que tornaram a Inglaterra a maior nação do século XVII ao lado da França.

Investigações sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral
Autor: David Hume | 440 páginas | R$ 68,00

As duas Investigações de Hume (sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral) são agora reunidas, nesta tradução brasileira, num único volume. Com este formato, pretende-se preservar o vínculo original entre os dois textos e facilitar a leitura deste legado maiúsculo do empirismo britânico ao cenário filosófico ocidental. Os dois textos apresentados têm uma origem comum, sendo ambos condensações e reelaborações de partes de uma obra mais vasta, o Tratado da natureza humana (concebida em três partes, ou "livros" - Do Entendimento, Das Paixões e Da Moral e, posteriormente, revisada pelo autor, devido ao estilo de sua exposição, com cuidados na condução do argumento central e com o máximo da clareza da expressão). São essas duas investigações reunidas neste volume, que foram extraídas do primeiro e do terceiro "livros" do Tratado e publicadas em 1748 e 1751.

Hume e a Epistemologia
Autor: João Paulo Monteiro| 232 páginas | R$ 42,00

O autor, João Paulo Monteiro, expõe aqui a visão de Hume sobre a teoria do conhecimento e da ciência, enfrentando as diversas áreas nas quais a obra humana se tornou imprescindível: Filosofia, História, Teoria Econômica, Política e Crítica da Religião.

Os três primeiros textos do livro evidenciam os temas nucleares do pensamento de Hume, relativos à teoria do conhecimento e da ciência; o quarto e o quinto ressaltam a crítica ao finalismo, enquanto o sexto especifica o discurso que precede essa crítica. Já o sétimo demonstra a relevância do confronto entre o escocês e o psicanalista Freud, em que são abordados os conceitos de prazer e de realidade propostos pelos pensadores. O oitavo texto relata a tese da continuidade entre o conhecimento comum e o teórico.

História natural da religião
Autor: David Hume | 160 páginas | R$ 34,00

História natural da religião é uma profunda reflexão sobre os princípios que dão origem à crença original e como o contexto histórico, cultural e social influencia e é influenciado pelas disposições morais e filosóficas do ser humano. O percurso de Hume leva ao entendimento de que "o bem e o mal se misturam e se confundem universalmente, assim como a felicidade e a miséria, a sabedoria e a loucura, a virtude e o vício". Por esse ângulo, a religião estaria associada a princípios sublimes, ao mesmo tempo que dá ensejo a práticas as mais vis. Uma conclusão audaz para a sua época e dramaticamente corroborada pelo cenário contemporâneo.

Hume
Autor: Anthony Quinton | 63 páginas | R$ 18,00

Embora reconhecido como o maior dos filósofos britânicos, Hume tem sido subestimado por uma posteridade relutante. De leitura demasiado fluente e agradável para o establishment filosófico, seus trabalhos também incomodaram pela ousadia e alcance.

Daí sua caricatura na tradição. Hume, o escocês apontado como responsável pelos piores excessos dos empiristas ingleses, terminou por ser associado a um ceticismo melancólico e desanimador. Mas seu verdadeiro projeto era muito mais amplo e construtivo.

Curta, lúcida e de impressionante abrangência, a cativante introdução de Anthony Quinton desvenda o completo panorama do notável empreendimento de Hume para o leitor mais geral, ao qual ele sempre quis de dirigir. Causação, percepção, crença, história, religião, economia, estética e psicologia... Hume explorou todos esses campos e trouxe contribuições originais a cada um deles. E, como revela Quinton, tudo isso com humor e vivacidade. O maior filósofo das ilhas britânicas foi também seu filósofo mais atrativo.

Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp