História da Inglaterra, de David Hume, é destaque no jornal Folha de S.Paulo
Em 30 de abril, o Guia de Livros, do jornal Folha de S.Paulo resenhou o livro História da Inglaterra: Da invasão de Júlio César à Revolução de 1688, de David Hume.
Publicados originalmente entre 1754 e 1762, os textos que compõem a obra fazem parte dos seis volumes sobre a história inglesa redigidos por David Hume quando ele ainda não gozava da fama de filósofo pela qual o reconhecemos hoje. Fundamentado na noção de que o que move a história é a busca de um povo pela liberdade, em contraposição ao poder e à autoridade exercidos pelo Estado, e interessado em demonstrar como este embate é responsável por erigir a Constituição inglesa, Hume desenvolve sua investigação sobre os fatos do passado lançando luz não apenas sobre a vida de reis, príncipes, parlamentares e militares – tal como era a tradição até então –, mas também sobre amplas e importantes esferas da sociedade, como a ciência, a religião, as artes, a economia e os costumes.
Confira abaixo a resenha, ou clique aqui para ler o texto no site do veículo:
A importância de David Hume (1711-76) para a história da filosofia ocidental é tão grande que acabou ofuscando sua contribuição original como historiador dedicado e competente.
"História da Inglaterra", publicado em meados do século 18 em seis volumes e agora traduzido parcialmente, só fez sucesso enquanto o autor escocês era vivo. Mais tarde, o peso de sua obra filosófica, que influenciou Kant, entre outros, fez com que o historiador fosse relegado a um segundo plano.O tradutor Pedro Paulo Pimenta, responsável pela seleção dos trechos, nota na introdução que o eixo do livro é a história da Constituição inglesa a partir do conflito entre autoridade e liberdade, ou seja, entre e prerrogativa do rei e os privilégios do parlamento.É uma história insular, mas que nada tem de paroquial nem é chauvinista. Trata-se, como diz Pimenta, de "uma história do processo civilizador na Inglaterra". (Texto de Oscar Pilagallo)