"Histórias não são boas ideias; são cutucões na emoção das pessoas", afirma Pedro Bandeira

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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O escritor foi o convidado na noite de quarta-feira, 23 de agosto, de mais uma edição da série
Encontro com os escritores, promovida gratuitamente pela Universidade do Livro,
em 
comemoração aos 30 anos da Editora Unesp

Com vigor e entusiasmo de quem narra uma história de aventura ou mistério, Pedro Bandeira contou a sua trajetória profissional e as motivações que o impulsionam a escrever livros, já lidos por milhões de crianças e jovens brasileiros. A conversa foi mediada por Maristela Petrili de Almeida Leite, editora há mais de 40 anos de livros infantis e juvenis da Editora Moderna.

"A grandiosidade de Pedro para escrever diálogos e adaptar qualquer assunto para diferentes faixas etárias são os pontos altos de seu talento e, possivelmente, os motivos de seu enorme sucesso", aponta Maristela, editora de boa parte das obras publicadas por Pedro Bandeira. "É preciso moldar as piadas, o humor, a narrativa. Escrevo aquilo que meu leitor entende e o que ele pode despertar seu interesse naquele momento de sua vida”, responde o autor. 

Pedro Bandeira trabalhou como ator, diretor, cenógrafo e com teatro de bonecos. Como jornalista profissional, sua função foi marcada pela censura militar, em especial no extinto jornal Última Hora. Também passou por diversas redações, como Quatro Rodas e Cláudia, até chegar nas revistas infantis. "Quando me vi, tinha dezenas de historinhas curtas e passei a escrever livros como minha atividade principal". 

O autor marcou gerações de leitores com a série Os Karas, lançada há mais de 30 anos com o livro A Droga da Obediência, que apresenta a marca de mais de 2 milhões de leitores e que conta a história de um grupo formado por cinco jovens – Crânio, Miguel, Chumbinho, Magri e Calu – que estudavam no Colégio Elite e viviam diversas aventuras bancando detetives. "Os Karas são meu ideal de uma juventude forte, ética e corajosa. A droga da obediência é uma metáfora sobre a ditadura e a liberdade sobre o direito de trabalhar as suas próprias ideias."    

Para Pedro Bandeira, sua maior realização é o alto alcance de suas obras entre os jovens. "Se desde pequena a criança lê, entende a arte e se emociona, então o caminho está aberto para que ela possa se tornar uma leitora na vida adulta. É fantástica essa possibilidade de iniciar as pessoas no mundo da literatura".

Ainda sobre o papel do escritor e da literatura, o autor completa "Historias não são boas ideias, são cutucões na emoção das pessoas. Pois a literatura é a melhor das artes, ela permite amadurecer nossos sentimentos, viver e enfrentar nossos demônios."

Confira aqui as fotos do evento e assista abaixo o vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=UyNtiD_2nug&feature=youtu.be

Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp