Obras para conhecer povos e culturas indígenas brasileiras

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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Estimativas apontam que a população indígena brasileira poderia ser de até 10 milhões de habitantes quando os portugueses chegaram no país. A Fundação Nacional do Índio (Funai) calcula que cerca de 1.300 línguas eram faladas pelas muitas sociedades que povoavam o Brasil. Atualmente, porém, esse panorama é bem diferente. Muitos povos foram completamente dizimados. 

Para refletir sobre a questão, por ocasião do Dia do Índio, celebrado em 19 de abril, a Editora Unesp resgata títulos que compõem um quadro da realidade indígena brasileira, abordando a temática sob diferentes pontos de vista. Confira mais sobre os títulos abaixo ou consulte o catálogo completo de Antropologia

Direitos dos povos indígenas em disputa
Organizadores: Manuela Carneiro da Cunha e Samuel Rodrigues Barbosa | Páginas: 518 | R$ 76

O escopo deste livro enfoca justamente a jurisprudência mais recente sobre os direitos territoriais indígenas. Falar do direito ao futuro dos povos indígenas não é a formulação cândida que paira no ar. Antes, é um projeto normativo ancorado na resistência indígena de longa data e conta com a vitalidade no presente das muitas associações indígenas locais, regionais e nacionais.

A luta indígena no coração do Brasil
Autor: Seth Garfield | 416 páginas | R$ 82

Seth Garfield coloca os xavante no foco dos embates políticos e disputas ideológicas que atravessaram o período entre o Estado Novo a Constituição de 1988. O livro enfoca a luta desses índios que clamam pelo direito de possuir a terra e de permanecer xavante. 

Políticas culturais e povos indígenas
Organizadores: Manuela Carneiro da Cunha e Pedro de Niemeyer Cesarino | Páginas: 518 | R$ 76

O presente livro reúne dezenove ensaios que procuram distinguir e debater as políticas culturais feitas para os índios, as feitas pelos índios e aquelas que de alguma maneira os envolvem. São observadas não apenas tais políticas, mas também seus pontos de cruzamento e seus efeitos conjugados. 

A única vida possível
Organizadora: Livia Raponi | Páginas: 256 | R$ 62

Ermanno Stradelli foi um conde do norte da Itália, que aos 27 anos deixou uma vida tranquila para se aventurar no norte do Brasil. Os 45 anos dedicados aos estudos dos povos da região constituem um importante registro antropológico e etnográfico, retratados na obra.  

O caminhar sob a luz
Autora: Maria Inês Ladeira | Páginas: 200 | R$ 56

O objetivo deste livro é discorrer sobre a ocupação Guarani Mbya no litoral do Brasil e adjacências, com base na importância social e religiosa que este complexo territorial representa para o Grupo. A primeira parte se constitui da Introdução ao trabalho e de três capítulos sobre aspectos gerais. Contém informações sobre o grupo Mbya, tais como classificação, localização, situação das aldeias atuais e território tradicional, a partir das fontes históricas e de dados sobre as migrações recentes.   

Filhos da Cobra de Pedra
Autor: Aloisio Cabalzar | Páginas: 200 | R$ 74

Os Tuyuka fazem parte de um extenso sistema social situado no noroeste da Amazônia. Falantes de uma das línguas Tukano Orientais, convivem aí com seus parentes e aliados, com outros povos de origem Aruak e Maku e, mais recentemente, com brasileiros e colombianos – porque estão habitando nessa fronteira. Este livro trata das relações dos Tuyuka entre si e com os outros. De suas origens na Cobra Canoa, as malocas nas quais foram se transformando, seus nomes e cerimônias, os rios que percorreram e nos quais continuam navegando – essa etnografia percorreu alguns desses caminhos e seus sentidos.  

Economia selvagem
Autor: Cesar Gordon | Páginas: 456 | R$ 94

Com base em uma detalhada etnograida do caráter inflacionário do consumo entre os índios Xikrin, ele nos mostra que o desejo indígena pelos objetos que lhes são estrangeiros não é espúrio, inautêntico e exótico. Ao contrário, é a expressão de um propósito e de uma história propriamente indígenas, com profundas conexões com a cosmologia, o sistema ritual e o parentesco. Sendo parte de um projeto que estuda as transformações ocorridas entre os povos indígenas contemporâneos, este é um trabalho antropológico valioso e inovador, em que o autor reflete sobre um tema candente para muitas populações indígenas no Brasil: a relação com os não-índios, com o Estado e com a economia capitalista.

Um peixe olhou para mim
Autora: Tânia Stolze Lima | Páginas: 400 | R$ 84

Um peixe olhou para mim é o resultado de uma pesquisa de campo de 26 meses entre os Yudjá, um povo tupi de navegadores e produtoras de bebidas fermentadas das ilhas do rio Xingu, que vive atualmente no Parque Indígena do Xingu (Mato Grosso).

    De volta ao Lago de Leite
    Autora: Cristiane Lasmar | Páginas: 288| R$ 68

    Esta obra se constrói a partir dos horizontes de São Gabriel da Cachoeira, cidade amazônica situada no Alto Rio Negro, com a maioria da população composta de indígenas. Tais características esboçam um quadro extremamente instigante de convivência entre índios e não índios, historicamente cristalizado sob os signos genéricos da exploração, da submissão e, de modo específico, das denúncias de violência sexual contra as mulheres. 

    O nome e o tempo dos Yaminawa
    Autor: Oscar Calavia Sáez | Páginas: 480 | R$ 92

    Este livro aborda a história dos povos indígenas situados nas cabeceiras do Purús e seus principais afluentes, na divisória de águas entre este rio e o rio Madre de Dios-Madeira, em territórios do Acre brasileiro e do departamento peruano vizinho. O autor explora, basicamente, três tópicos: a desagregação, a fragmentação dos grupos Pano, suas fronteiras indefinidas com o entorno Arawak, Tacana ou Haránkbut; as alternativas criadas pelo fluxo e refluxo brusco da ocupação branca da região; e o binômio mito/história.

      Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp
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