Saiba mais sobre a conturbada relação entre Estados Unidos e Irã

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quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Livro A Revolução Iraniana e toda a Coleção Revoluções do Século 20 com desconto

A relação hostil entre Estados Unidos e Irã vem desde a década de 1950, mas tem se intensificado nos últimos anos. A morte de Qassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, pelos EUA, em 3 de janeiro de 2020, é mais um dos motivos de acirramento das tensões entre Washington e Teerã.

A situação conflituosa envolve diversas questões políticas e financeiras, como petróleo, invasões e armas nucleares. Para compreender melhor a complexa questão, vários títulos da Editora Unesp abordam as relações políticas dos Estados Unidos e Oriente Médio, como: Trump: primeiro tempo, organizado por Neusa M. P. Bojikian e Sebastião C. Velasco e Cruz; Tempos de reinvenção, de Luis Fernando Ayerbe; O pensamento neoconservador em política externa nos Estados Unidos, de Carlos Gustavo Poggio Teixeira; Os Estados Unidos no desconcerto do mundo, de Sebastião Carlos Velasco e Cruz; De Clinton a Obama, organizado por Luis Fernando Ayerbe; Petróleo e poder, de Igor Fuser; Estados e mercados, de Sebastião Carlos Velasco e Cruz, além de outros títulos das Coleções Estudos InternacionaisPaz, Defesa e Segurança Internacional.

Especificamente sobre o Irã, vale conferir o livro A Revolução Iraniana, de Osvaldo Coggiola, integrante da Coleção Revoluções do Século 20, cujos títulos estão com 25% de desconto.

A Revolução Iraniana

No final do ano de 1978, o mundo assistia perplexo à primeira revolução televisionada ao vivo em um Irã espremido entre a autocracia, a corrupção e anseios modernizadores. Um espetáculo surpreendente: as ruas das principais cidades do Irã eram inundadas por uma população enfurecida que exigia a saída do Xá Mohamemed Reza Pahlevi. Uma revolução exemplar: apresentava as variáveis definidoras de nossa época e dos perigos e desafios que enfrentamos. Em A Revolução Iraniana, que integra a Coleção Revoluções do Século 20, Osvaldo Coggiola apresenta uma análise histórica, religiosa, social, política e econômica desta região conturbada desde tempos imemoriais e que guarda uma das maiores reservas de petróleo do mundo.

Além das intervenções russa e britânica, no começo do século XX, e posteriormente da norte-americana, Coggiola elenca os motivos que tinha a população iraniana para derrubar o regime comandado pelo Xá, entre eles, a vertiginosa desigualdade social, seu posicionamento frente a questões religiosas e a repressão selvagem levada a cabo pela polícia política, a Savak. No entanto, o que mais chama a atenção é como o processo é modificado quando a ação passa da burguesia nativa para o proletariado: na revolução passada em “tempo real” para o mundo, o povo que oferecia seu peito às balas era inspirado pelos ensinamentos de um personagem religioso do século VII, o profeta Maomé.   

Todo esse processo abriu o caminho para a ascensão do aiatolá Ruhollah Khomeini e alterou o equilíbrio no Oriente Médio, gerando resquícios em outros países como a Arábia Saudita. Coggiola chama atenção para as múltiplas raízes históricas e políticas que ficam ocultas quando a simplificação racionalista qualifica a revolução iraniana de islâmica, apresentando-a como um evento basicamente reacionário. Por isso, a necessidade também de se entender as contradições de um país complexo, assim como uma visão geopolítica mais abrangente, oferecendo por fim um contraponto à atual visão apresentada na cruzada mundial contra o “terrorismo islâmico”.  

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