Esta obra, escrita por um dos maiores especialistas europeus em assuntos relacionados à questão da energia, faz um balanço da situação energética mundial, em seus aspectos técnicos e econômicos, apontando as perspectivas atuais, com especial ênfase nos problemas ambientais e no futuro da energia nuclear.
Jean-Marie Martin é diretor de pesquisas junto ao Centre Nacional de la Recherche Scientifique, França. De 1968 a 1982, dirigiu o Institut d’Économie et de Politique de l’Énergie, de Grenoble. De 1982 a 1984, foi relator geral do Groupe Long Terme Énergiue du 9em Plan. Preside o Pôle Universitaire et Scientifique Européen, de Grenoble.
Organizado por uma equipe do Instituto do Banco Mundial, defende a tese de que o crescimento qualitativo de um país somente é possível com investimento na educação do povo e na preservação e gestão adequada dos recursos naturais. Desse crescimento, seria possível promover a redução da pobreza e atingir uma melhor qualidade de vida compartilhada por todos. Dentro dessa premissa, são apresentados capítulos para lidar com riscos financeiros globais e com oportunidades em ambientes de mudança.
Por meio da análise crítica de diversos autores, especialmente de língua inglesa, Philippe Poutignat e Jocelyne Streiff-Fenart mostram como a problemática sociológica da etnicidade se constitui historicamente.
O trabalho de Fredrik Barth, publicado pela primeira vez em 1969, é um marco e uma referência fundamental para os estudos sobre etnicidade. Barth é responsável pelo deslocamento de uma concepção rígida do grupo étnico para uma concepção flexível e dinâmica, para a qual as divisões étnicas devem estabelecer-se e reproduzir-se de modo permanente. Assim, o texto do antropólogo é verdadeiramente inovador neste campo.
Neste livro os autores, com a ajuda de princípios termodinâmicos associados ao processo de transformação da energia, apresentam a questão energética em uma perspectiva de uso cotidiano, explorando diferentes fontes naturais, da produção, do condicionamento e da distribuição que a tornam acessível ao consumo. Trata-se da capacidade transformadora engendrada pela tecnologia, o que remete a uma nova ordem científico-tecnológica. Como afirma Irlan von Lisingen no Prefácio, "... neste livro há uma convergência marcante com o enfoque educacional CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade), no que diz respeito aos objetivos de formação da capacidade crítica e criativa, com vistas à transmissão de poder social ao público em geral".
Responde a uma complexa indagação: o que é ser paulista? Para isso, estuda a obra dos letrados paulistas entre 1870 e 1940. Relaciona literatura e história, mostrando que os intelectuais do Estado, no período enfocado, buscaram a criação de uma identidade regional. As principais fontes consultadas foram o Almanach Literario de São Paulo e matérias contidas na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, além de romances, novelas, contos e outras narrativas. Foram analisados, entre outros autores, Júlio Ribeiro, Valdomiro Silveira, Menotti del Picchia e Guilherme de Almeida.
Com base em uma detalhada etnograida do caráter inflacionário do consumo entre os índios Xikrin, ele nos mostra que o desejo indígena pelos objetos que lhes são entrangeiros não é espúrio, inautêntico e exótico. Ao contrário, é a expressão de um propósito e de uma história propriamente indígenas, com profundas conexões com a cosmologia, o sistema ritual e o parentesco.
Sendo parte de um projeto que estuda as transformações ocorridas entre os povos indígenas contemporâneos, este é um trabalho antropológico valioso e inovador, em que o autor reflete sobre um tema candente para muitas populações indígenas no Brasil: a relação com os não-índios, com o Estado e com a economia capitalista.