Apesar de ter ganho o prêmio de poesia da Academia Brasileira de Letras em 1937, Magma, de João Guimarães Rosa, ficou inédito, por vontade do autor, até 1997, quando foi publicado postumamente. Mesmo reconhecendo, como o próprio Rosa, o estatuto de obra menor dessa única incursão do magistral autor de Grande sertão: veredas no terreno da lírica, Maria Célia Leonel, professora da Unesp, câmpus de Araraquara, percebeu e pôs-se a estudar, de maneira cuidadosa e original, a importância dos poemas de Magma na germinação da prosa poética do ficcionista, sobretudo de Sagarana, sua primeira publicação.
Maria Célia Leonel nasceu em Itapetininga (SP). Obteve títulos de mestre e doutora em Letras na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. É livre-docente em Literatura Brasileira pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista (Unesp), câmpus de Araraquara. Nessa faculdade, é professora de Literatura Brasileira no curso de Letras e orientadora-docente do Programa de Pós-graduação em estudos literários, de que foi coordenadora por quatro anos.
Livro que procura discutir parte da obra de Guimarães Rosa como sendo a de um intérprete do Brasil, de forma peculiar (como afirma o autor) que, nos seus três primeiros livros, apreciou os costumes da vida pública junto aos da vida privada, os familiares e amorosos, próprios do romance. Demonstra como as três obras iniciais de Rosa, Sagarana, Corpo de baile e Grande sertão: veredas, se relacionam e se imbricam, podendo as duas primeiras ser consideradas como estudos preparatórios para Grande sertão. Nessa perspectiva, o autor investiga a genealogia e a formação do herói jagunço; a gestação dos paradigmas amorosos de Grande sertão, já incubados em Sagarana e desenvolvidos num dos romances de Corpo de baile; e a teatralização do drama civilizatório no Brasil.
Estudo básico sobre Cláudio Manuel da Costa. O autor elabora uma avaliação precisa do contexto literário arcádico no país e uma análise original da obra do poeta mineiro.
A Poética de Aristóteles (384 - 322 a.C.) alicerça toda a teoria crítica ocidental. Foi a obra de maior influência na literatura ocidental. Mcleish atravessa um longo período de crescente obscuridade, mistificação, moralização e desvela a obra de forma direta e notavelmente original. O filósofo que “emerge” se revela mais “moderno” que qualquer de seus intérpretes.
Kiernan dedica à obra shakespeariana uma análise distinta daquela que caracteriza a maior parte dos comentários publicados. Segundo ele, trata-se de associar Shakespeare "ao ambiente em que o poeta respirou". Kiernan mostra como os feitos dramáticos e poéticos do dramaturgo inglês não transcenderam seu meio, mas, ao contrário, foram diretamente influenciados pela sua consciência cívica e por sua reação crítica às mudanças então ocorrentes na sociedade.
Dedicada à produção ficcional relacionada ao mito e à magia, esta antologia apresenta um diversificado panorama sobre o assunto, a partir de ensaios que refletem sobre essas histórias, algumas da Antiguidade, outras, contemporâneas. Todas atualmente presentes como parte indissociável da cultura universal: o mito de Édipo, a fábula árabe, o Sebastianismo, o romance gótico, os primórdios da narrativa policial, entre outras representações.