Obra clássica que apresenta uma seleção de artigos e trabalhos avulsos, de alta qualidade, da professora Alice Canabrava, uma das fundadoras da moderna Historiografia Econômica no Brasil. Relata a História Econômica do Brasil, referindo-se à grande propriedade rural, à influência do Brasil na técnica do fabrico de açúcar nas Antilhas no meado do Século XVII, às manufaturas e indústrias no período de D. João VI no Brasil e à grande lavoura. Aborda um esboço da História Econômica de São Paulo, considerando os níveis de riqueza na capitania de São Paulo (1765-1767), a repartição da terra na capitania (1818), as terras e escravos, as máquinas agrícolas e as chácaras paulistanas. Apresenta, também, Historiografia e Fontes importantes, como Varnhagen, Martius e Capistrano de Abreu, relacionando história e economia, fontes primárias para o estudo da moeda e do crédito em São Paulo, no século XVI, bem como fontes primárias sobre o escravismo.
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A Máfia permanece por mais de cem anos sob os refletores da imprensa, da política, da economia, dos juristas e dos inquéritos policiais. Um fenômeno aparentemente típico de um universo "tradicional" sobreviveu à modernização e surpreendeu muita gente que imaginava que esse tipo de organização desapareceria quando fosse ouvido o primeiro apito de uma locomotiva nas regiões do desolado interior siciliano. O professor de História Contemporânea, da Universidade de Palermo, e de História dos Partidos Políticos, da Universidade da Catânia, Salvatore Lupo, vem iluminar essa história aparentemente obscura com a publicação do livro História da Máfia, que traz uma análise abrangente da organização. Amplamente documentado, o livro percorre todas as fases desse movimento que tem seu início na Sícilia e hoje opera em grandes vertentes, como a americana e a japonesa.
Da lendária fundação de uma pobre vila, nas margens do Rio Tibre, aos longínquos domínios do Império e sua posterior derrocada, a história romana se escreveu entre mitos e desventuras, heroísmo e perfídia, humanismo e belicismo. Essa epopeia cujas marcas se irradiam pela civilização ocidental ganha contornos renovados neste instigante livro de Pierre Grimal. Latinista reconhecido, o historiador francês nos conduz pelos caminhos do Império com uma linguagem poética e precisa. Roma ressurge, assim, não só como potência política e militar de um mundo em constante conflito, mas também nas motivações filosóficas, artísticas ou religiosas dos homens que fizeram desta cidade a capital do mundo.
Este livro faz uma introdução à história da escrita sob uma visão atualizada. São foco de atenção as origens, funções e mudanças cronológicas dos mais importantes sistemas de escrita do mundo, atuais e extintos. As dinâmicas sociais das escritas são assim abordadas em todo o seu fascínio.
Um dos maiores best-sellers recentes da França, O horror econômico faz o balanço da atual crise global do trabalho. Para Forrester, o quadro de crise demonstra uma das verdades maiores do capitalismo pós-industrial: a nova estrutura de produção, presente tanto nos países centrais quanto nos periféricos, não proverá emprego para a população ativa. Isso nos coloca diante de um impasse. Os problemas implicados por essa realidade econômica aparecem como um drama moral que questiona o próprio projeto civilizatório da modernidade.
Este trabalho centra-se no estudo das políticas públicas de saúde de São Paulo na Primeira República, mas acaba por taçar um amplo painel em que se destacam fatos como a imigração e o advento do Mercado do Trabalho Livre, o crescimento populacional e as condições reais de existência do homem comum, marcada pela miséria, pela promiscuidade e pela falta de saneamento básico.