A obra apresenta uma coletânea de artigos escritos por Flo Menezes. Muitos dos textos são inéditos, outros foram publicados em veículos nacionais e estrangeiros. O tema que os une é a música de vanguarda: em blocos de textos, ele discorre sobre as vanguardas históricas – Schoenberg, Berg e Webern –, passa pelas referências históricas da vanguarda – Cage, Boulez, Stockhausen, entre outros –, até chegar à música eletroacústica, da qual aborda a história e a estética.
Flo Menezes é professor titular da Universidade Estadual Paulista (Unesp) na área da Composição Eletroacústica. Possui graduação (1985) em Composição pela Universidade de São Paulo, mestrado (1989) em Elektronische Komposition pela Musikhochschule-Köln, Alemanha, e doutorado (1992) em Arts et Sciences de la Musique pela Université de Liège, Bélgica. É compositor de obras dos mais diversos gêneros, professor no Departamento de Música do Instituto de Artes da Unesp e atua como compositor e professor visitante junto a diversas instituições europeias e norte-americanas.
Com a preocupação de contribuir para a conscientização do que seja música eletroacústica, o autor trata das questões estéticas mais fundamentais da composição em seu confronto com os meios eletrônicos, enfocando-os do prisma da atualidade, sem perder de vista o horizonte histórico que lhes dá suporte. Nesta edição, o leitor encontrará uma minuciosa análise das obras eletroacústicas A Dialética da Praia e Parcours de l'Entité, ilustradas em partitura e CD, ambos acompanhando o volume.
Todo construído tendo por base a estrutura expositiva da Ética de Spinoza – talvez o primeiro grande tratado de psicanálise da história –, o presente livro discorre sobre o erro na composição musical. Para tanto, parte de um argumento inicial, pelo qual se afirma que a melhor forma de entender, pensar e ensinar a composição musical é a análise. E analisamos sempre o que mais amamos. Nesse processo, nosso orolho – aquele órgão imaginário e simbiótico entre o olho e a orelha, entre o ouvir e o olhar – detecta os acertos dessas obras que nos guiam e inspiram. Mas e quanto a seus erros? Pois não há obra perfeita, e a imperfeição é mesmo sinal de que a obra é algo vivo e que decorre de fendas que se dão em seu interior, na ausência de verdades absolutas. A fenda é, entretanto, apenas um tipo de erro. Discorrer sobre os erros, diagnosticando seus tipos e avaliando, dentre tais categorias, aqueles que procuramos evitar, aqueles que combatemos, aqueles com os quais forçosamente convivemos, e aqueles que almejamos, é ao que se propõe este livro.
A autora retoma aspectos históricos e estéticos que relacionam o sonoro ao visual, pesquisando em estudos já realizados das relações dos sons com as cores, com o espaço e com as imagens. Debruça-se, assim, sobre teorias da unidade dos sentidos, estudando a relação entre os sons e a corporeidade plástica, além de pesquisar especificamente os elos entre as artes plásticas e a música. Nesse sentido, retoma a importância do conceito de sinestesia, considerando o homem um ser sensível às mais diversas manifestações artísticas.
A autora retoma aspectos históricos e estéticos que relacionam o sonoro ao visual, pesquisando em estudos já realizados das relações dos sons com as cores, com o espaço e com as imagens. Debruça-se, assim, sobre teorias da unidade dos sentidos, estudando a relação entre os sons e a corporeidade plástica, além de pesquisar especificamente os elos entre as artes plásticas e a música. Nesse sentido, retoma a importância do conceito de sinestesia, considerando o homem um ser sensível às mais diversas manifestações artísticas. Partindo da obra do compositor húngaro György Ligeti, o livro mostra como o artista realiza trabalhos que aproximam as obras musicais contemporâneas de um público não especializado e oferece uma experiência do que pode vir a ser uma audição multissensorial.
Obra que retrata o Museu Paulista (conhecido como Museu do Ipiranga), a partir de sua construção, em fins do século XIX, como depositário da memória nacional atrelada à paulista, construída por meio da epopeia bandeirante e da vocação desbravadora paulista, desde os tempos coloniais e materializada em objetos, documentos e iconografia, em uma narrativa cuja pertinência das análises e profundidade da pesquisa tornam o livro fundamental para os estudos sobre a disciplina História, conforme definida na ocasião e nas décadas iniciais do século XX. Resgata a figura de Affonso d'Escragnolle Taunay, quem literalmente forjou a vocação histórica do Museu Paulista durante sua atuação como diretor entre 1917 e 1939, dando lógica e ordenamento à coleção de objetos históricos espalhados pelo prédio anteriormente, separando o objetivo inicial de dedicação às ciências naturais e à exposição de exemplares da fauna e da flora brasileiras.