Este livro é representativo da posição de relevo que a música ocupa na vida – e na obra – de Rousseau, seja em escritos teóricos ou na composição de obras musicais, que lhe renderam certo prestígio na corte de Luís XV. Amante da música antes de ser filósofo, Rousseau recebera como encomenda de Diderot e d'Alembert para a Enciclopédia, em 1749, artigos sobre o tema. O presente Dicionário tem como experiência seminal a redação daqueles artigos. Os verbetes que o constituem, resultado de anos de aperfeiçoamento após a experiência anterior, também refletem preocupações enciclopédicas e filosóficas de Rousseau, bem como reflexões críticas, demarcações de gosto e o posicionamento público sobre sua ideia do que deveria ser a boa música.
Escritor, filósofo e músico genebrino, Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) é uma das grandes figuras do chamado Século das Luzes. Suas obras – entre elas, o Discurso sobre as ciências e as artes, o Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, a Nova Heloísa, Do Contrato Social e Emílio – obtiveram logo enorme sucesso e desde então vêm motivando leituras apaixonadas de entusiastas e críticos nos séculos que o sucederam. De sua autoria, a Editora Unesp já publicou Cartas escritas da montanha (2006), Textos autobiográficos e outros escritos (2009), Dicionário de música (2021), Emílio ou Da educação (2022), Rousseau juiz de Jean-Jacques: Diálogos (2022) e Devaneios do caminhante solitário (2022).
Pedro Paulo Pimenta é professor livre-docente no Departamento de Filosofia da USP. Traduziu escritos de Hume, Gibbon, Diderot e d’Alembert, entre outros. É autor de numerosos artigos e de alguns livros, dentre os quais se destacam A imaginação crítica. Hume no Século das Luzes (Azougue, 2013), A trama da natureza (Editora Unesp, 2018) e Metáforas do corpo no Século das Luzes (Editora Unesp, 2024).
Cartas escritas da montanha constitui momento alto da produção rousseauniana madura. Traduzida pela primeira vez em língua portuguesa, a obra revela a indignação de Rousseau às condenações que sofreram suas duas obras fundamentais, O contrato social e Emílio. Neste trabalho o filósofo genebrino discute as teses básicas, religiosas e políticas, de seus escritos anteriores e lhe dá a oportunidade de refletir sobre as instituições de sua cidade de origem.
Os textos autobiográficos de Jean-Jacques Rousseau, escalonados entre 1755 e 1776, formam um esclarecedor complemento às grandes obras do autor, da Nova Heloisa aos inacabados Devaneios do caminhante solitário. Eles são um fio condutor da obra de Rousseau. Partindo de uma irritação crescente contra seu século, ele concluirá que a sabedoria deverá ser, agora, solidão criadora.
Neste Draft A do Ensaio sobre o entendimento humano, o leitor encontrará uma obra vigorosa, que prenuncia e esclarece elementos fundamentais do empirismo britânico. O texto de John Locke, especialmente quando confrontado com seu desenvolvimento posterior, expõe vivamente as nuances, tensões e reformulações que seu autor julga necessárias para dar conta do complexo universo filosófico que enfrenta. Texto crucial de um dos maiores clássicos da Filosofia Ocidental.
A Enciclopédia, símbolo de um dos maiores e mais complexos projetos editoriais da história, ganha sua mais abrangente tradução já feita em português. São cinco volumes, ilustrados com 173 imagens reproduzidas da edição original, que reúnem 298 verbetes selecionados segundo sua qualidade literária e nível de argumentação por Pedro Paulo Pimenta e Maria das Graças de Souza (organizadores da versão brasileira). Os textos são de 37 dos mais consagrados entre os 140 autores identificados na edição original, do século XVIII. Os volumes abordam o sistema de conhecimentos, ciências e política, além de ética e estética (o primeiro tomo traz o plano da obra e apresentações, inclusive as da edição original). O terceiro volume traz uma seleção de verbetes compostos pelos pensadores iluministas em torno de temas como História Natural, Botânica e Zoologia.
A Enciclopédia, símbolo de um dos maiores e mais complexos projetos editoriais da história, ganha sua mais abrangente tradução já feita em português. São cinco volumes, ilustrados com 173 imagens reproduzidas da edição original, que reúnem 298 verbetes selecionados segundo sua qualidade literária e nível de argumentação por Pedro Paulo Pimenta e Maria das Graças de Souza (organizadores da versão brasileira). Os textos são de 37 dos mais consagrados entre os 140 autores identificados na edição original, do século XVIII. Os volumes abordam o sistema de conhecimentos, ciências e política, além de ética e estética (o primeiro tomo traz o plano da obra e apresentações, inclusive as da edição original). O segundo volume da Enciclopédia traz uma seleção de verbetes compostos pelos pensadores iluministas em torno do intelecto, do conhecimento e de temas afins.