Desde a utilização inicial da laparoscopia para diagnóstico por Nicola Cortesi, em 1976, até as modernas cirurgias robóticas, a urologia se destaca como um campo fértil para o florescimento de inovações tecnológicas e terapêuticas. Esta obra pretende, a partir da literatura médica especializada, passar em revista os recentes e surpreendentes desenvolvimentos na laparoscopia urológica, com o objetivo de fornecer subsídios para as discussões com pacientes, entidades e colegas médicos.
Oscar Eduardo Fugita é graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e possui doutorado em Urologia pela mesma universidade (2001). Foi Fellow pela Endourological Society na Johns Hopkins University (2000-2001). Atualmente, é professor da Faculdade de Medicina de Botucatu da Unesp, onde ocupa o cargo de diretor do Programa de Fellowship em Endourologia e Videolaparoscopia, com serviço credenciado pela Endourological Society. Também é professor colaborador na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e atua como assistente na Divisão de Clínica Cirúrgica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP).
Marcos Tobias Machado é formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, com residência em Cirurgia. Obteve o doutorado pela Universidade de São Paulo e tem estágios de especialização em uro-oncologia e cirurgia minimamente invasiva pelas universidades de Miami e Paris. Pioneiro no Brasil nas áreas de cirurgia laparoscópica e robótica, tem centenas de contribuições científicas, como artigos e capítulos de livros publicados. Atua como urologista, desenvolvendo a cirurgia laparoscópica no Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho, na FMABC e na UNITAU. É professor dos cursos de pós-graduação em urologia minimamente invasiva do IRCAD, Hospital Sirio-Libanês e Hospital Albert Einstein.
A raiva é um capítulo fascinante na história da ciência e da medicina e é uma doença que acompanha a humanidade desde a Antiguidade. Neste livro, as autoras relatam a história da raiva no Brasil e, durante esse estudo, muitas dúvidas surgiram e as guiaram durante a pesquisa. Os indígenas brasileiros já conheciam a raiva? Como essa doença era vista e tratada nessas culturas? Qual a importância dessa infecção e como era tratada no período colonial e imperial brasileiro? Quais animais estavam envolvidos no ciclo epidemiológico? Os morcegos já eram reservatórios do vírus da raiva quando os europeus chegaram ao Brasil ou a doença foi introduzida pela colonização? Algumas respostas a essas questões foram obtidas em relatos de naturalistas durante viagens por terras brasileiras, revistas médicas, jornais, leis e outras publicações da época em que a doença ainda era chamada de hidrofobia. Nesta obra também são reproduzidas as descrições de receitas milagrosas e os procedimentos curiosos que prometiam a cura da infecção. Este livro dedica especial atenção à história dos Institutos Pasteur no Brasil, das instituições de pesquisa e executoras das medidas de controle da raiva país. Além disso, apresenta a ocorrência e a evolução do conhecimento sobre a doença no mundo e no Brasil ao longo dos séculos e descreve sua situação atual.
Resultado de uma pesquisa que pretendia obter subsídios para a formação e orientação de pessoal envolvido na assistência aos pacientes soropositivos, o livro foi escrito a partir de uma série de entrevistas com profissionais da saúde de diferentes categorias. A pesquisa respeitou a diversidade de situações em três espaços distintos na estrutura hospitalar: unidades ambulatoriais, de isolamento e cirúrgicas. Assim, a diversidade interna à questão do atendimento de soropositivos não foi negligenciada.
Neste livro as autoras analisam o relacionamento da equipe de enfermagem com o paciente oncológico e seus familiares, em situação de internação hospitalar, relação esta que se dá em uma dimensão social, face a face. Baseadas na fenomenologia de Alfred Schütz, caracterizam este trabalho como um retorno à subjetividade, tido como o último fundamento das formações objetivas de sentido e de classificação de todos os problemas de validade.
Este livro busca contribuir para a compreensão do processo de institucionalização das ciências biomédicas em São Paulo e também ampliar o conhecimento sobre as relações entre este campo disciplinar e a saúde pública neste Estado. Seu principal objetivo é mostrar que a Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo teve atuação destacada na institucionalização da medicina paulista, desempenhando um papel diferenciado do que foi posto em marcha pelo Serviço Sanitário e seus institutos de pesquisa. Para isso, são observados os aspectos tipicamente institucionais da Sociedade - seu modelo organizativo, relação com outras instituições, períodos de maior ou menor atividade etc. - bem como imagens que mostram a Sociedade em ação - suas atividades, principais controvérsias, atores e grupos envolvidos. Assim, por um ângulo diferenciado, é possível observar as vicissitudes da Instituição na luta por um lugar de destaque no campo médico paulista.
No livro, o filósofo e fisiólogo francês Pierre-Jean-Georges Cabanis se junta ao debate fisiólogico da época acerca da pena de morte usando a guilhotina, que tentava elucidar como se dava no corpo a morte por esse método de execução. Cabanis acaba por argumentar contra a pena de morte por crer que ela não se justifica nem resolve a questão da criminalidade.