Publicada originalmente em 1967, Sem diretriz – Parva Aesthetica é uma coletânea de ensaios que contém parte da crítica cultural produzida por Adorno em sua última década de vida. O volume, concebido como uma espécie de introdução a sua Teoria Estética, apresenta novas reflexões sobre cinema e arte contemporânea, ao lado de considerações específicas sobre o destino da arquitetura funcionalista no pós-guerra e sobre o entendimento então predominante a respeito do barroco. No livro, Adorno reavalia as condições sociais de recepção das obras de arte e insiste na atualidade do conceito de indústria cultural. Também se detém sobre alguns dos fenômenos estéticos mais recentes de sua época – como a imbricação das linguagens artísticas e o happening – a partir da relação sempre conturbada com a tradição. Na reflexão dialética sobre a arte de seu tempo, a crítica cultural aparece a Adorno como necessariamente moderna, evidenciando a profunda afinidade entre arte e pensamento.
Theodor W. Adorno (1903-1969) foi um filósofo alemão e um dos principais teóricos da cultura. Fez parte da corrente conhecida como Escola de Frankfurt, ao lado de Max Horkheimer, Walter Benjamin e Jürgen Habermas.
Último curso ministrado por Theodor W. Adorno, estas lições de Introdução à Sociologia são o registro privilegiado da capacidade do filósofo alemão em expor, para um público amplo de iniciantes, os meandros de sua teoria crítica da sociedade. Nelas, vemos Adorno confrontar-se à tarefa da formação ao mesmo tempo que fornece as principais balizas que nortearam sua prática de sociólogo. O resultado é um documento maior da experiência intelectual adorniana em seu momento de maturidade.
Escrito em um momento decisivo do debate das vanguardas musicais pós-Segunda Guerra, este livro traz uma proposição maior referente à teoria adorniana da arte. Trata-se da defesa de que a modernidade das obras não está necessariamente vinculada à modernidade dos materiais. Assim, Berg, o compositor pretensamente mais regressivo da Segunda Escola de Viena, pode aparecer como nome fundamental para a compreensão dos problemas que continuam a animar a composição musical.
O que as colunas de astrologia realmente dizem? Adorno mobiliza crítica social e psicanálise freudiana a fim de expor como a ideologia do capitalismo tardio tem a força insidiosa de configurar até mesmo o que dizem os astros.
Escrito originalmente como tese de doutorado na década de 1920, o livro de Adorno sobre Kierkegaard consistiu em um trabalho pioneiro de análise crítica e marxista da cultura. Sobre esta obra, Walter Benjamin escreveu: “pertence à classe de raros e peculiares primeiros trabalhos que revelam um pensamento vigoroso para apreciação da crítica”. O livro traz, ainda, dois outros ensaios de Adorno sobre o filósofo, produzidos em distintos contextos. Na década de 1940, ele se debruça sobre os discursos religiosos kierkegaardianos; e, vinte anos mais tarde, concentra-se nos abusos cometidos contra a obra do pensador dinamarquês, ressaltando seu lado não conformista, crítico e de certo modo profético. Nestes três textos, Adorno revela parte do desenvolvimento de sua produção, bem como abre novas perspectivas para a compreensão da obra de Kierkegaard.
A relação entre Adorno e a psicanálise sempre foi um eixo maior de sua experiência intelectual. Sua perspectiva materialista e suas estratégias de crítica social são incompreensíveis se não levarmos em conta o que Freud lhe revelou a respeito da gênese do Eu e da estrutura pulsional da vida social. Neste volume, o leitor encontrará os textos de Adorno dedicados à construção de uma crítica social psicanaliticamente orientada. Em vários momentos, um modelo de crítica da razão como análise de patologias sociais se apresenta para permitir a compreensão mais precisa de fenômenos como o fascismo, a personalidade autoritária e os impactos psíquicos do capitalismo.