Neste livro, Schopenhauer refina o debate a respeito da liberdade humana. A verdadeira questão se revela quando nos questionamos se aquilo que queremos seria condicionado por algo ou se surgiria de forma completamente independente e desvinculada daquilo que constitui nossa experiência. Podemos fazer o que queremos? Será livre o próprio querer?
Arthur Schopenhauer (1788-1860) foi um filósofo alemão do século XIX, cuja produção escrita se consagrou pelo pessimismo diante da vida. De sua autoria, a Editora Unesp publicou Metafísica do belo (2003), O mundo como vontade e como representação, tomos I e II (2015) e Sobre a liberdade da vontade (2021).
Esta tradução da Metafísica do Belo, de Schopenhauer, compreende o conjunto de preleções lidas pelo filósofo em 1820, na Universidade de Berlim. A elas se juntam as preleções intituladas Teoria de toda a representação, pensamento e conhecimento; Metafísica da natureza; e Metafísica da estética. Mediante tais textos tem-se um acesso dos mais claros e didáticos ao pensamento do filósofo de Frankfurt, que já primava pela clareza expositiva, contra a corrente estilística germânica de sua época e seguindo a tradição britânica. As Preleções permanecem atuais não só pela investigação da essência íntima da beleza, mas também pela ressonância em diferentes autores, como Nietzsche, Freud e Machado de Assis. O filósofo eleva a arte a uma categoria suprema e reconhece, na contemplação desinteressada, uma forma de neutralizar momentaneamente o sofrimento existencial.
Com tradução revisada, o primeiro tomo de O mundo como vontade e como representação é a mais completa edição em língua portuguesa deste grande clássico da filosofia alemã. Imprescindível para o vislumbre do horizonte em que se movem as chamadas filosofias do impulso, com reflexões sobre o irracional e o inconsciente. A crítica do irracional neste tratado também passa pela crítica da razão.
Em 1844, o autor alemão retorna às mesmas questões metafísicas de sua obra mais conhecida (tomo I), agora mais maduro, expressando-se com mais “liberdade e franqueza”. Esses “suplementos”, como o autor os denominava, não constituem tão somente uma revisão madura do texto da juventude, mas uma outra obra escrita desde a mesma estrutura, em que aprofunda a noção de representação: de que toda a existência objetiva das coisas depende do ser que as representa.
Nesta ode ao processo criativo, David Bohm trata de sua importância para a ciência, a arte e a vida em geral. Ao longo do ensaio ele reflete sobre o que essencialmente incita nossa mente e procura compreender o contraste entre o pensamento mecânico e o pensamento criativo. Bohm, que é físico, também expõe sua preocupação contra sistemas, regimes e fatores que cerceiem a liberdade de imaginar. Ele foi responsável por apresentar uma interpretação alternativa para a teoria quântica, mas foi mal recebido e ignorado por seus colegas físicos. Além disso, o autor também sofreu perseguições nos Estados Unidos durante a Guerra Fria, vítima da histeria anticomunista. Pelas impossibilidades e barreiras criadas em seu país, se exilou e trabalhou no Brasil, na Inglaterra e em Israel. Por essas experiências, o autor acredita na criatividade como um processo não apenas cognitivo, mas passível de interferências sociais e familiares.
O autor aborda a teoria política de Thomas Hobbes (1588-1679) não simplesmente como um sistema geral de ideias, mas também como uma intervenção polêmica nos conflitos ideológicos de seu tempo, dentro de uma concepção em que as palavras são consideradas atos. Nesse sentido, é possível captar que tipo de influência os textos de Hobbes podem ter exercido no período em que foram escritos. O livro realiza uma avaliação não meramente do que Hobbes diz, mas do que ele faz ao propor seus argumentos. As abstratas obras de teoria política não são, nesse aspecto, vistas nas alturas filosóficas, mas como um universo de alusões em que é possível identificar aliados e adversários concretos e um posicionamento no espectro do debate político. Isso permite estudar as cambiantes opiniões sobre a liberdade do filósofo inglês.