Amostras da genialidade de Molière: O Tartufo nos apresenta Orgon, devoto religioso que se deixa impressionar pelas supostas virtudes do personagem-título; Dom Juan não se limita a explorar as fragilidades morais do seu célebre protagonista, levando o leitor a uma análise bem mais complexa do mito; em O doente imaginário, acompanhamos um hipocondríaco determinado a se livrar de males que não o acometem.
Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido como Molière (Paris, 15 de janeiro de 1622 — Paris, 17 de Fevereiro de 1673), foi um dramaturgo francês, além de ator e encenador, considerado um dos mestres da comédia satírica. Teve um papel de destaque na dramaturgia francesa, até então muito dependente da temática da mitologia grega. Molière usou as suas obras para criticar os costumes da época. É considerado o fundador indireto da Comédie-Française.
Na França pós-queda da Bastilha, Gamelin, pintor pouco virtuoso mas idealista, acaba sendo recrutado para uma função-chave dentro da chamada fase do Terror da Revolução Francesa: a de jurado do Tribunal Revolucionário – o que, na prática, significa que pode mandar qualquer um à guilhotina. No desempenho desse papel terrível, os valores éticos e morais do protagonista vão sendo postos à prova.
Foi no seio da Idade Média que se desenvolveram as regras de matrimônio. Resultantes de conflitos e disputas de poder entre diferentes esferas da sociedade da época, muitas dessas regras ainda vigoram na sociedade contemporânea. Cobrindo um arco temporal que vai do século XI ao XIII, Georges Duby investiga aqui a evolução do casamento nos círculos da nobreza, a partir do exame de documentos eclesiásticos, discursos literários e genealogias. Este estudo não apenas elucida a gênese desse contrato tão longevo; ele permite, também, que se entrevejam as estruturas sociais que o ensejaram, com suas semelhanças e diferenças em relação à instituição atual.
Esta coleção de textos não apenas dá mostras da vastidão de tópicos e estudos relacionados à Revolução, como também atesta o compromisso intelectual de Vovelle com seu objeto, mostrando que a história da Revolução sempre foi para ele um tema vivo e apaixonante. Em momentos como o atual, em que avançam o dogmatismo e o obscurantismo, é mais do que nunca importante travar um combate pela história, e isso, como diz o autor, é também “travar um combate pela Revolução”.
Na Paris do final do século XIX, acompanhamos uma confraria de jovens idealistas em busca de uma renovação do meio artístico. O protagonista, Claude, é um pintor em busca obsessiva pelo modelo ideal. Ele encarna a determinação daqueles intelectuais combativos, e sua história nos permite testemunhar dramas e desacordos da época que permanecem como pontos sensíveis nos dias atuais.
Sozinho em um singelo barco, Gilliatt se lança ao mar, determinado a encontrar o navio naufragado (e obter a mão da donzela prometida), e sendo obrigado a se bater com toda sorte de dificuldades que o destino parece caprichosamente interpor entre ele e sua amada. Humano em uma missão com ares mitológicos, Gilliatt se inscreve entre os grandes personagens do mestre francês.