Gênero, maternidade e legislação
O objetivo de Ventres livres? Gênero, maternidade e legislação é explorar, pela perspectiva do gênero, da raça e da liberdade, aspectos múltiplos e complexos da escravidão de mulheres no processo de emancipação, tanto no Brasil como em outras sociedades escravistas atlânticas, centrando especialmente nossa problemática em questões vinculadas às violências da escravidão e às resistências apresentadas por essas mulheres.
Maria Helena Pereira Toledo Machado é professora titular no Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora produtividade 1B do CNPq. Graduada em História pela USP (1979), mestre (1985) e doutora (1991) em História Social, também pela USP. Foi professora visitante na Univerity of Michigan (Ann Arbor) e Visiting Fellow na Harvard University.
Luciana da Cruz Brito é professora do curso de História da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e do mestrado em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas na mesma universidade. Doutora em História Social pela USP, foi pesquisadora visitante no Instituto Du Bois da Harvard University e bolsista Fulbright na New York University, onde completou seu doutorado sanduíche.
Iamara da Silva Viana é professora do Departamento de História da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) professora adjunta do Departamento de Estudos Aplicados ao Ensino da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Deae-Uerj) e professora do Programa de Pós-Graduação em História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHC-UFRJ). Tem bacharelado e licenciatura em História pela UFRJ (2004), mestrado em História Social pela Uerj (2009) e doutorado em História Política pela Uerj – com estágio na École des Hautes Études em Sciences Sociales (Ehess), Paris (2016).
Flávio dos Santos Gomes é professor associado do setor de História do Brasil, no Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutor em História Social pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp, 1997). Foi professor da Universidade Federal do Pará (UFPA) de 1994 a 1998. Em 2009 obteve a John Simon Guggenheim Foundation Fellowship. Realizou estágio de pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP) (2006); Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC, 2012-2013); e foi pesquisador visitante na New York University (2014) e professor visitante na USP (2019).
Na história da resistência escrava nas Américas, o Brasil tem o maior número de povoamentos de escravos fugitivos, conhecidos como quilombos ou mocambos. Nenhuma outra área escravista teve tantos. Este livro, além da participação dos africanos, esclarece os contatos e o papel dos indígenas e dos quilombolas, tanto nas relações de aliança e assistência mútua como nas de guerra. Original, informativa, atualizada, escrita num estilo fluente e envolvente, com o espírito informado e crítico, esta obra consolida o autor como principal especialista em quilombos no Brasil. Baseia-se em pesquisas que cobrem diversas regiões brasileiras e suas fronteiras - Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Bahia, e sobretudo Grão-Pará e Maranhão. Flávio Gomes Interpreta os documentos à luz de um conhecimento atualizado em vasta bibliografia nacional e estrangeira, cuja leitura ajuda a comparar os quilombos brasileiros entre si e com aqueles de outras regiões da Afro-América, proporcionando uma perspectiva mais hemisférica, menos provinciana do tema.
Este estudo traça o retrato do movimento operário de Santos, na virada do século, quando se transformou em importante porto e cidade multirracial e multicultural. Trata-se de uma importante contribuição para o melhor conhecimento da história social e política do período.
Entretempos: mapeando a história da cultura brasileira tenta delinear um panorama cultural por meio da coleção e colocação de elementos dispersos em um quadro aparentemente sem moldura, atravessado porém por “figuras” e temas recorrentes.
Os Ferrões, um quinzenário de aproximadamente trinta páginas, circulou no Rio de Janeiro entre junho e outubro de 1875, sendo distribuído também pelo correio a assinantes de diversas cidades brasileiras, inclusive algumas bem distantes da capital. Como sugere o nome da publicação, os dois autores dos folhetos desferiam agudas e muitas vezes incômodas “ferroadas” na sociedade imperial. O jovem José do patrocínio e seu companheiro Demerval da Fonseca à época iniciavam sua carreira jornalística. Sob os codinomes de Notus Ferrão e Eurus Ferrão, respectivamente, divulgavam textos de tom predominantemente jocoso.
De amplo escopo, o livro que o leitor tem em mãos não é somente uma biografia de Richelieu; é também, e principalmente, uma fotografia dos primeiros trinta anos do multifacetado e intenso século XVII. A trajetória dessa proeminente figura se entrelaça com a história da hegemonia política, mas também cultural, da França nos dois séculos seguintes: o prestígio mundial da literatura, dos costumes e das ideias francesas não era um fato puramente intelectual; era também o resultado da preeminência da França na Europa – a qual as ações decisivas do cardeal ajudaram a forjar.