Entrevistas com André Comte-Sponville
Neste diálogo emocionante, amigável e sincero com André Comte-Sponville, Francis Wolff nos convida a explorar sua obra e seus temas de predileção. Mostra os vínculos que unem sua visão de mundo a suas concepções estéticas (a universalidade da música, das imagens e das histórias), passando pela antropologia (o homem, “animal dialógico”), pela ética (a existência da liberdade e a objetividade do bem) e pela política (da democracia ao cosmopolitismo).
Francis Wolff nasceu em Ivry-sur-Seine, na França, em 1950. É filósofo e professor emérito da École Normale Supérieure de Paris. De 1980 a 1984, lecionou Filosofia Antiga na Universidade de São Paulo. Pela Editora Unesp, publicou Nossa humanidade (2013), Três utopias contemporâneas (2018), Pensar com os antigos (2021) e Em defesa do universal (2021).
André Comte-Sponville é um filósofo materialista francês. Foi durante muito tempo professor da Universidade de Paris I (Panthéon-Sorbonne), da qual se demitiu para dedicar-se mais tempo para escrever. Foi membro da Comissão Nacional de Ética Consultiva de 2008 a 2016. Autodefine-se como filósofo materialista (à maneira de Epicuro), racionalista (à maneira de Spinoza) e humanista (à maneira de Montaigne).
O que é o mito? É história alterada? É história aumentada? Uma mitomania coletiva? Uma alegoria? O que era o mito para os gregos? […] O sentimento da verdade é muito amplo (abrange facilmente o mito), “verdade” quer dizer muitas coisas e pode até abranger a literatura de ficção.
Catulo, Propércio, Tibulo, Ovídio, goliardos da Antiguidade clássica, são recriados nestas páginas através da extraordinária visão de Paul Veyne, que estabelece o vínculo crítico em que o amor e a poesia produzem uma estilização da vida cotidiana e a revestem de brilho e intensidade.
Derrubada a ideia de que a humanidade estaria situada entre a divindade e a animalidade, onde, e em que grau, o homem difere dos outros seres vivos? A racionalidade, suposta marca e alavanca da supremacia humana sobre as outras espécies, bastaria como elemento definidor da condição humana?
Ler Marx discute os aspectos políticos, filosóficos e econômicos do pensamento de Karl Marx. Ao longo dessa caminhada, os autores revisitam os originais do pensador alemão e destacam a vitalidade de suas ideias neste início de século XXI.
Neste livro, Jacques Rancière propõe uma poética do saber: um estudo do conjunto dos procedimentos literários pelos quais um discurso se subtrai da literatura, dá a si mesmo um status de ciência e significa-o. A poética do saber se interessa pelas regras segundo as quais um saber se escreve e se lê como um discurso específico. Ela procurar definir o modo de verdade ao qual ele se destina.