O ponto de partida da teoria da recursão consiste em analisar de maneira conceitual, em termos matematicamente precisos, as noções intuitivas de algoritmo e função algorítmica. Norteia a investigação lógica de nosso tempo e foi alvo de estudos de lógicos e matemáticos como Gödel, Turing, Kleene e Rosser, entre outros do mesmo calibre. Este livro, que preenche uma lacuna na literatura especializada em língua portuguesa e que, segundo Newton da Costa, tende a “se tornar um clássico entre nós”, oferece uma visão clara do que se faz atualmente em um terreno dos mais interessantes e significativos deste campo.
Matias Francisco Dias possui graduação em Filosofia e especialização em lógica matemática pela Universidade Federal de Pernambuco, e mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo, na área de lógica matemática. Realizou estudos de pós-doutorado em Teoria da Recursão no Departamento de Matemática da Universidade de Maryland (EUA). Desde então, tem se dedicado à pesquisa em Teoria da Recursão, com publicações de alguns trabalhos relevantes, dentre os quais se destaca uma generalização construtiva do Primeiro Teorema de Incompletude de Gödel, publicado no Journal of Symbolic Logic.
Leonardo Weber Castor de Lima possui graduação em Direito pela Universidade Federal da Paraíba, graduação em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba e mestrado em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba. Recebeu Menção Honrosa no Prêmio ANPOF (Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia) Melhor Tese e Dissertação 2004, pela dissertação de mestrado Alfred Tarski e o Conceito de Verdade em Linguagens Formalizadas.
As investigações reunidas neste volume, orientadas predominantemente de um ponto de vista histórico, destinam-se a desenvolver uma teoria crítica da sociedade projetada com um propósito prático e a delimitar seu status diante de teorias de outra proveniência.
Dentre os vários assuntos discutidos neste livro, estão os medos na infância, a importância das brincadeiras, as formas de se lidar com o egoísmo infantil, o papel da escola maternal e a relevância da educação sexual. Russell aborda esses e outros aspectos que ainda frequentam a agenda dos debates pedagógicos – como a questão dos castigos físicos, por exemplo – de maneira bastante inovadora para a época e extremamente influente para experimentos educacionais posteriores.
O livro divide-se em duas partes. A primeira é dedicada aos modelos de organização propostos por filósofos que, na falta de um termo melhor, costumam ser chamados de “empiristas”, como Hume e Adam Smith, dentre os quais contamos também um materialista, Diderot, e dois naturalistas céticos, Buffon e Daubenton. Esses modelos são elaborados em concomitância a uma crítica da ideia de uma natureza organizada em sistema segundo fins, produto de uma inteligência suprema. Essa crítica tem um impacto profundo, e, pelas mãos de Smith, alcança os domínios da teoria social. A segunda parte acompanha a absorção e tentativa de superação dessa crítica no interior da Filosofia Transcendental de Kant, e propõe a tese de que essa manobra, sem propriamente lograr os resultados esperados por seu autor, contribuiu para a formação de uma ciência dos seres vivos coerente com a Física newtoniana.
Neste livro, o autor mobiliza noções como finitude, mutabilidade e enredamento no relativo para, de alguma forma, captar o estilo intelectual de Diderot. Persegue-se sua prosa, isto é, aquilo que escapa dos conceitos e das estruturas, correspondendo por isso mesmo à energia, às obsessões, à imprevisibilidade, à nuance e à singularidade da escrita diderotiana.
Este livro reúne ensaios produzidos pelo escritor romeno Nicolas Tertulian, ao longo de uma década, sobre a obra estética do pensador húngaro Georg Lukács, que é extremamente vasta e ainda não foi objeto de nenhuma monografia exaustiva. Com o objetivo principal de valorizar a Estética e a Ontologia – as grandes obras de síntese escritas por Lukács, no fim de sua vida – reconstrói-se, sob um novo ângulo, a evolução de seu pensamento estético.