Neste livro fundamental, a autora demonstra que a abolição dos escravos no Brasil representou apenas uma etapa na liquidação da estrutura colonial, mas golpeou duramente a velha classe senhorial e coroou um processo de transformações que se estendeu por toda a primeira metade do século XIX. Tal processo prenunciava a transição da sociedade senhorial para a empresarial, do trabalho escravo para o assalariado, da monarquia para a República.
Emília Viotti da Costa (1928-2017), nascida em São Paulo, formou-se em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, sendo livre-docente pela mesma universidade. Aposentada em 1969 pelo AI-5, foi docente em várias universidades dos Estados Unidos, entre as quais a Tulane University e a University of Illinois. Foi Full Professor na Yale University, onde lecionou por mais de duas décadas. Pela Editora Unesp publicou A abolição, Da Senzala à Colônia, Da Monarquia à República, O Supremo Tribunal Federal e a construção da cidadania, A dialética invertida e outros ensaios e Brasil: história, textos e contextos. Também coordenou a Coleção Revoluções do Século 20.
Este livro, escrito por uma das maiores historiadoras brasileiras, além de apresentar com maestria uma poderosa síntese do processo da abolição da escravidão, fornece informações precisas e análises cuidadosas que honram o compromisso do historiador de redigir uma história acessível e de alto nível.
O presente livro reúne ensaios produzidos por Emília Viotti da Costa em diversas épocas, muitos deles publicados em revistas e fora de circulação há tempos. Os textos foram coligidos e revisados pela própria autora, que optou por manter majoritariamente suas configurações originais. Isso permite que o leitor tenha contato não apenas com diversos fronts temáticos percorridos pela autora, mas também com a evolução de seu estilo e com nuances de seu pensamento.
Procurando elucidar aspectos do processo de formação do conceito de nacionalidade na história brasileira, a historiadora analisa o período de passagem do trabalho escravo ao trabalho livre. Isso permite apreender a especificidade do período colonial e de seus conflitos sociais. A expansão cafeeira aparece como elemento duplo de redeterminação e conservação dos antagonismos, fonte de perpetuação de um conflito que esta obra procura abranger.
Emília Viotti da Costa, professora e historiadora, analisa os diversos momentos que definiram a modalidade de instauração do Brasil republicano. Ao esclarecer as coordenadas dessa passagem, a autora desvela as causas da fraqueza das instituições democráticas e da ideologia liberal, em uma tentativa de compreender as raízes do processo de marginalização de amplos setores da população brasileira.
Este livro se destina, principalmente, a examinar o surgimento e o perecimento das teorias administrativas por meio do tempo, conforme as determinações econômico-sociais existentes. Com isto, se pretende estudar a Teoria Geral da Administração como ideologia, dentro do plano traçado e fundamentando-se em textos relevantes ao assunto. Tal análise será desenvolvida em perspectiva estritamente sociológica, no nível de sociologia do conhecimento, isto é, do estudo da causa social das teorias de administração ideológicas.