Seis ensaios da história das ideias
Estudar a memória, entendida na tradição filosófica como persistência, significa entrar num campo de discussões que envolve o esquecimento e uma área muito sutil, a reminiscência – ou seja, a capacidade de recuperar algo que se possuía e que se perdeu. Nome obrigatório entre os estudiosos da história das ideias, Paolo Rossi analisa as imagens da memória e das “artes da memória” na cultura europeia.
Paolo Rossi (1923-2013), historiador e filósofo italiano, é autor de mais de duas dezenas de livros, havendo recebido o Prêmio Viareggio em 1992 por O passado, a memória, o esquecimento (Editora Unesp, 2007). Grande especialista na História das ideias dos séculos XVI e XVII – especialmente em Francis Bacon –, recebeu prêmios como a Medalha Sarton (American History of Science Society, 1985), a Medalha Pictet, (Société de Physique et d'Histoire Naturelle de Genève, 1985), o Prêmio Musatti (Società Psicoanalitica Italiana, 2008) e o Prêmio Balzan (Fondazione Internazionale Premio Balzan, 2009).
Nesta obra, Bobbio visita a obra seminal de Kelsen, influência constante de todo o seu pensamento político e jurídico. Nessa trajetória, temas centrais como o estabelecimento de um sistema legal internacional são devidamente abordados com as costumeiras originalidade e profundidade que sempre caracterizaram o mestre italiano.
Paolo Rossi, autor de A ciência e a filosofia dos modernos, analisa neste livro os deslocamentos semânticos aos quais as noções de crescimento e progresso foram submetidas durante a modernidade. Remetendo a textos de filósofos, cientistas e literatos, o autor procura redesenhar o quadro do racionalismo moderno ao questionar a unidade e permanência de alguns de seus conceitos-chave.
Este diálogo ficcional recheado de erudição ocorre no inferno, entre Maquiavel, representante do despotismo, e Montesquieu, defensor dos Direitos Universais. Maurice Joly (1829-1878), grande revolucionário e cidadão francês, não se cala e, neste Diálogo, denuncia as injustiças impostas à Europa pelo imperador Napoleão III, que, em 1851, dominava a França.
Analisando aspectos da luta que os primeiros cientistas modernos travaram contra o misticismo, o ocultismo e o orientalismo, esta obra oferece excelente oportunidade para uma ampla reflexão sobre este movimento que abalou as formas de pensar dos séculos XV e XVI, além das interpretações inovadoras de aspectos científicos do trabalho desses pioneiros.
Comer: necessidade básica, desejo primal, obsessão patológica: uma inextrincável mistura que Rossi investiga e descreve de modo magistral, explorando as inúmeras nuances que o verbo assumiu na história da humanidade.