A trajetória dos conceitos
Este livro não se pauta nem pela ordem nem pelas metas a partir das quais Sartre escreve a obra de 1943; tampouco serviram de base os diálogos deste filósofo com suas três maiores influências -- Hegel, Husserl e Heidegger. A intenção do texto sequer se compromete com uma cobertura historiográfica completa das influências de Sartre. Trata-se de um trabalho temático, e não de uma descrição da filosofia sartreana que procura, inclusive, se distanciar dos termos que poderiam enviar a outros filósofos, evitando assim um vocabulário mais técnico. Procura-se distender os termos técnicos, pois, para entender a trajetória dos conceitos de consciência e má-fé (e dos conceitos paralelos, como o de "irrefletido"), é preciso responder se e como eles apareciam nas primeiras obras de Sartre.
Malcom Guimarães Rodrigues é bacharel (2003) em Filosofia licenciado (2005) e mestre (2007) na área de Filosofia Moderna e Contemporânea pela Unesp. Atualmente é doutorando do programa de pós-graduação em Filosofia da UFSCar e atua nas áreas de Filosofia da Psicanálise e Ética.
Para o filósofo Jean-Paul Sartre, a literatura redescobre a sua função na sociedade quando a sua percepção da realidade passa a ser constituída pela consciência da historicidade. Isso significa um mergulho brutal na atualidade de cada um. A prática literária é então entendida como uma "ação na história", ou seja, uma síntese entre o irredutível e o relativo; e entre "o absoluto moral e metafísico" e a contingência histórica. Neste livro, o filósofo Franklin Leopoldo e Silva mostra por que, para o pensador francês, a tarefa ética da literatura é construir a mediação necessária para que o homem tome consciência de sua alienação. Portanto, escrever é agir, pois significa comprometer-ser com uma ação social conreta e prática, não se limitando apenas a uma atitude de contemplação do mundo.
Físico, matemático, astrônomo, filósofo e literato, Galileu Galilei foi um dos pilares do Ocidente contemporâneo. Nos textos reunidos em Ciência e fé, travamos contato com o seu pensamento revolucionário, ao desvendar as relações entre a Ciência da Natureza (chamada na época de "Filosofia Natural") e a interpretação que a tradição católica faz da revelação bíblica durante o século XVII.
A ética do discurso pretende reconstruir em termos crítico-normativos o procedimento de acordo com o qual conflitos de ação socialmente relevantes podem encontrar uma solução consensual moralmente justificada com base na autonomia de cada pessoa. Desse modo, a própria ética do discurso pode ser reduzida ao princípio discursivo, segundo o qual só podem pretender validade as normas que encontram (ou poderiam encontrar) o assentimento de todos os concernidos como participantes de um discurso prático.
Para Feyerabend, o racionalismo tradicional prevê apenas uma dentre várias formas de se alicerçar o conhecimento, e todas elas devem ter os mesmos direitos e acesso igual aos centros de poder. Este livro, além de constituir um corajoso autorretrato intelectual, é também uma resposta às reações desencadeadas por seu polêmico Contra o método.
Latour proporciona aqui uma audaciosa análise da ciência, demonstrando o quanto o contexto social e o conteúdo técnico são essenciais para o próprio entendimento da atividade científica. Por onde podemos começar um estudo sobre ciência e tecnologia? A escolha de uma porta de entrada depende crucialmente da escolha do momento certo.