Principal obra de Henri Bergson, Prêmio Nobel de Liberatura de 1927, A evolução criadora (1907) representou uma ruptura com as principais correntes filosóficas do fim do século XIX. Diante da apologia do saber científico, rigoroso, das rígidas leis do determinismo, Bergson lança a afirmação de que a totalidade tem a mesma natureza do indivíduo, de um movimento incessante, um impulso de liberdade criadora que transforma de forma irrefreável a matéria. O filósofo francês discorre sobre o problema da existência humana e assevera que a mente – energia pura, impulso vital – é responsável por toda evolução orgânica.
Nascido na França, Henri Bergson (1859-1941) foi filósofo e diplomata. Ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1927. De sua autoria, a Editora Unesp já publicou A evolução criadora.
Um dos pontos altos da filosofia ocidental, O desespero humano examina o desejo do homem de entender Deus e analisa a luta humana para eliminar as angústias quanto à imortalidade da alma. Além de sintetizar os conceitos mais importantes do pensamento de Kierkegaard, tornando mais claro o significado de seu trabalho e a influência que exerceu em autores como Jaspers, Sartre e Camus, trata-se uma obra fundamental tanto para o existencialismo quanto para a teologia moderna. Ao mapear um caminho que explique os “como” e “porquês” da existência humana, mostra que a conquista da fé está relacionada com a imortalização “a partir” da vida mortal.
A correspondência entre Casais Monteiro e Ribeiro Couto marca o início de uma nova fase nas relações entre escritores portugueses e brasileiros. As cartas acompanham a introdução dos autores brasileiros em Portugal e a publicação dos ensaios de Casais Monteiro sobre a poesia de Ribeiro Couto, Manuel Bandeira e Jorge de Lima. A obra mostra ainda, por exemplo, a cumplicidade deles em momentos difíceis, como quando Casais foi preso, a sua indicação por Ribeiro Couto para escrever em jornais brasileiros, o desentendimento entre os amigos em meados dos anos 1940 e a posterior reaproximação.
Este livro traz um potente curso de Henri Bergson proferido no Collège de France durante o ano universitário de 1901-1902. Inédito no Brasil, o texto traz um mergulho do autor nos temas do tempo e do conceito, a natureza da "duração" e a do conhecimento conceitual, bem como em suas mútuas imbricações.
O diagnóstico sobre a revolução recuperadora elaborado por Jürgen Habermas no contexto da bancarrota do socialismo real aponta para um processo de transformação social e política extremamente complexo e ambíguo, em que se manifestam tanto as fagulhas de emancipação ainda existentes quanto ameaças sistêmicas e nacionalistas. O socialismo continua se inscrevendo efetivamente nas lutas em prol da emancipação da dominação que ameaçam as formas de vida e nas aspirações democráticas de muitos movimentos sociais. Apenas uma sociedade radicalmente democrática – em que as formas de vida plurais podem se expressar de maneira enfática e os cidadãos podem exercer plenamente sua autonomia – é capaz de realizar o propósito emancipatório atribuído ao socialismo.
Ao observar os acontecimentos recentes, tanto em âmbito nacional como internacional, ninguém terá muita dúvida de que estamos assistindo, em diversas sociedades, à ascensão de atitudes e políticas que ameaçam seriamente ideias fundamentais presentes na base das sociedades democráticas. Vê-se a ascensão de posições nacionalistas xenófobas, autoritárias e racistas, que não poucas vezes se traduzem em atitudes de grave discriminação de pessoas e formas de vida culturais diferentes. Em face desse cenário, este livro é uma contribuição importante para o diagnóstico das sociedades contemporâneas e para a reflexão sobre as questões teóricas e normativas que dele emergem.