Dentre os muitos temas abordados por Theodor Adorno em sua trajetória, a música figurava como um dos mais constantes assuntos em suas análises. Graças à cultura musical sólida que detinha e por ter vivido em um período de profundas transformações na musicalidade durante o século XX, o filósofo alemão se dedicou de forma obstinada ao estudo crítico da área. Mas um fato pouco conhecido, apresentado neste livro, é que Adorno era também compositor
Igor Baggio é pianista, formado em Música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e mestre em Música (Musicologia/Estética Musical) pela Unesp.
Jameson propõe, através de sua leitura de Adorno, um modelo dialético para a compreensão do mundo neste fim de século, fazendo renascer com toda sua força a noção de teoria crítica como negatividade permanente e crítica social implacável. Nesse sentido, as idéias de Adorno constituiriam, conforme o autor, um "resgate da dialética" ou das intenções originais da dialética marxista.
Vivemos imersos em um mundo de sons embora não tenhamos consciência disso durante a maior parte do tempo. O grande marco da transformação das cidades em um universo de sons desagradáveis é a Revolução Industrial, com a chegada das máquinas e o desenvolvimento da indústria automobilística. Compositor e estudioso de teorias sobre o som, o canadense, R.Murray Schafer propõe um sistema de estudo dos sons, apresenta um glossário de termos relativos à paisagem sonora e inclui uma pesquisa internacional de preferências sonoras.
Iris Murdoch está entre os grandes filósofos e escritores do século XX e A soberania do Bem é sua obra filosófica mais importante e de impacto mais duradouro. Certa vez, Murdoch observou: “a Filosofia muitas vezes é uma maneira de encontrar ocasiões para dizer o óbvio”. O que era óbvio para Murdoch – e se tornou também àqueles que leem seu trabalho – é que o Bem transcende todas as coisas – até mesmo Deus. Ela argumenta que a Filosofia erroneamente tem se concentrado em cogitar sobre o que é certo fazer, em detrimento do quão bom é necessário ser. Segundo ela, essa distorção só pode ser corrigida a partir da restauração da noção de “visão” ao pensamento moral.
Os textos que compõem a presente obra oferecem uma percepção aguda do dilema ético-político contemporâneo, especialmente no contexto nacional, ao colocar o fascismo em questão, e vão além, ao propor a radical questão: como reagir a ele, sem ao mesmo tempo, nos tornarmos fascistas? Esse é um dilema que ocupa lugar central no clima ético-político do início da segunda década do século XXI, no contexto da pandemia provocada pelo vírus COVID-19, caracterizado nos termos de um negacionismo científico sem precedente, ao menos desde o início da modernidade; e também pelo retorno dos fantasmas do autoritarismo e de suas variadas práticas, que lhe dão sustento: disseminação de fake News, produção de “mitos”, servidões voluntárias, necropolíticas (entre elas, negação da eficácia das políticas de vacinação), entre outras.
Um dos pontos altos da filosofia ocidental, O desespero humano examina o desejo do homem de entender Deus e analisa a luta humana para eliminar as angústias quanto à imortalidade da alma. Além de sintetizar os conceitos mais importantes do pensamento de Kierkegaard, tornando mais claro o significado de seu trabalho e a influência que exerceu em autores como Jaspers, Sartre e Camus, trata-se uma obra fundamental tanto para o existencialismo quanto para a teologia moderna. Ao mapear um caminho que explique os “como” e “porquês” da existência humana, mostra que a conquista da fé está relacionada com a imortalização “a partir” da vida mortal.