A busca da autonomia, de Sarney a Lula
Neste livro, originalmente publicado em inglês pela Lexington Books (2009), Tullo Vigevani e Gabriel Cepaluni delineiam, de maneira clara e encadeada, o caminho histórico que o Brasil percorreu desde então em sua política externa: Sarney e as pressões para a mudança; Collor/Itamar Franco e o turbulento governo, que deu início às transformações liberais; Fernando Henrique Cardoso e a absorção e consolidação de mudanças resultantes da globalização, levando à autonomia pela participação; e Lula, com sua ênfase nas negociações comerciais internacionais e na busca de aprofundamento da coordenação política com países em desenvolvimento.
Tullo Vigevani é professor titular da Unesp/Marília, nas áreas de Ciência Política e Relações Internacionais, e professor do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais, San Tiago Dantas, da Unesp/ Unicamp/PUC-SP. É pesquisador do Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (Cedec) e vice-coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-Ineu).
Gabriel Cepaluni é mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais, San Tiago Dantas, da Unesp/Unicamp/PUC-SP e doutor em Ciência Política pela USP, com ênfase em Política Internacional. É professor na área de Relações Internacionais da Unesp/Franca.
Um dos principais objetivos desta publicação é discutir a relação entre etnia, nação e Estado. Busca, portanto, compreender como a interação entre esses elementos produziu a necessidade de solidariedade, tolerância e promoção dos direitos humanos. Nesse sentido, mostra que, apesar de ter havido a consolidação de normas de alcance universal, isso não evitou, em diversas ocasiões, a violação dos direitos humanos por esses mesmos Estados.
Dois povos se envolvem num conflito persistente que parece resistir incólume a cada tentativa de pacificação. Israelenses e palestinos propõem a negociadores e analistas um enorme quebra-cabeça político, cada vez mais associado ao fanatismo religioso e nacionalista. Existiria uma forma de acabar com o que parece ser um infindável derramamento de sangue? O que explica o fracasso de uma solução estável para a guerra na região? Este livro procura expor a complexidade dessas perguntas e fornecer elementos que permitam entender e entrever as condições necessárias para uma resposta.
O livro apresenta uma nova perspectiva sobre as periferias da cidade de São Paulo, discutindo os paradoxos e mitos que as circundam. Um trabalho de fôlego, que explicita a dedicação e o compromisso de um autor/pesquisador constantemente implicado nas sensações, atitudes, observações e análises voltadas às periferias urbanas, com especial atenção ao mundo do crime e à política.
Quando, em 1985, José Sarney tomou posse como o primeiro governo civil após longos anos de regime militar, o país enfrentava uma grave crise econômica, e o modelo econômico de substituição de importações então vigente – que perdurava desde a década de 1930 –, além de criticado pelo FMI e pelo Banco Mundial, apresentava problemas. Esse contexto, aliado a outros fatores, como a ineficácia das medidas adotadas para controlar a inflação e manter o crescimento do PIB, provocava instabilidade e evidenciava a necessidade de mudanças na política econômica externa brasileira. Essas mudanças aconteceram gradualmente, traçando um novo desenho que buscava o fortalecimento da soberania do país. Neste livro, originalmente publicado em inglês pela Lexington Books (2009) e que agora ganha sua segunda edição em português, Tullo Vigevani e Gabriel Cepaluni delineiam, de maneira clara e encadeada, o caminho histórico que o Brasil percorreu desde então em sua política externa: Sarney e as pressões para a mudança; Collor/Itamar Franco e o turbulento governo que deu início às transformações liberais; Fernando Henrique Cardoso e a absorção e consolidação de mudanças resultantes da globalização, levando à autonomia pela participação; e Lula, com sua ênfase nas negociações comerciais internacionais e na busca de aprofundamento da coordenação política com países em desenvolvimento. Os autores descrevem e analisam empiricamente essa trajetória, demonstrando como a procura por desenvolvimento e autonomia política – que perpassa níveis que vão do distanciamento dos países dominantes à diversificação de parceiros – esteve constantemente presente na política externa do Brasil. A política externa brasileira questiona quais são os principais elementos de continuidade e de mudança e orienta a análise, partindo do pressuposto de que “a autonomia de um país confere a ele condições de construir uma política externa livre de constrangimentos internacionais impostos pelos países mais poderosos”.
Esta obra discute a política de comércio internacional dos Estados Unidos, com especial atenção às instituições norte-americanas responsáveis por sua formulação e execução. O período estudado é extenso – a partir do entreguerras até o início do século XXI – e concentra-se na análise do papel dos Estados Unidos na dinâmica evolutiva do General Agreement on Tariffs and Trade (Gatt), da Organização Mundial de Comércio (OMC) e no exame detalhado de instituições especificamente norte-americanas, particularmente o United States Trade Representative (USTR).