Neste obra, o historiador e antropólogo Jack Goody empreende estudo comparativo entre os vários “renascimentos” que ocorreram nas culturas ocidental e oriental. Movido pela desconstrução do discurso eurocêntrico sobre a singularidade do Renascimento italiano em relação à história mundial, o intelectual britânico localiza, analisa e traça paralelos e conexões com as eras douradas da China, da Índia, do Islã e do judaísmo. Sem negar a especificidade do florescimento europeu, esse rigoroso e acessível trabalho destaca a importância de contribuições de outras culturas para a construção da modernidade, tida pela historiografia tradicional como obra exclusivamente europeia.
Jack Goody nasceu na cidade de Londres em 1919. Considerado um dos principais antropólogos da atualidade, é professor emérito na Universidade Cambridge e membro da Academia Britânica. Entre suas obras destacam-se The Interface Between the Written and the Oral (1987) e Capitalism and Modernity (2004).
Giddens volta-se aqui às questões provocadas pela revolução sexual. O objetivo é definir os contornos da nova configuração da subjetividade que acompanha essa mudança radical na esfera da sexualidade, uma subjetividade pós-edípica e pós-patriarcal cuja plasticidade é fundamental para a construção de uma noção ampliada de democracia.
O ideal de uma república, "o verdadeiro Peru", fiel a valores igualitários desrespeitados desde a emancipação ante a Coroa espanhola, foi sistematicamente abraçado pelas correntes libertárias peruanas, de Mariátegui e González Prada à atuação do Sendero Luminoso; um país que reconhecesse não apenas a impressionante herança histórica e cultural dos incas, mas que se emancipasse do elitismo crioulo, responsável pela marginalização da esmagadora maioria da população, particularmente de seus segmentos rural e indígena. Praticamente sem hiatos, a luta pela concretização desse sonho atravessa a história peruana, da independência, em 1821, até nossos dias. A Revolução Peruana traça justamente essa trajetória, expondo o que há nela de peculiar e o que a aproxima das tensões e dos dramas presentes em todo o subcontinente.
Segundo as palavras de Salvador Allende: “milhões de pessoas no mundo querem o socialismo, mas não querem ter de enfrentar a tragédia da guerra civil para consegui-lo”. A resposta do próprio Allende e do povo chileno a esse anseio foi consubstanciada pela experiência democrática socialista inaugurada em 1971. Jornada ainda hoje paradigmática na evidenciação dos limites da democracia liberal, os três conturbados anos do governo liderado pela Unidade Popular, levaram à tragédia épica de setembro de 1973 e à subsequente violência e ao obscurantismo da ditadura militar. Esta jornada heroica, mas frustrada, alerta para as dificuldades e complexidades com que se defronta a concretização conjunta dos ideais clássicos da liberdade e da justiça social igualitária.
Bellamy estuda o desenvolvimento do liberalismo, do início do século XIX aos nossos dias. Examina a evolução das idéias liberais na Inglaterra, na França, na Alemanha e na Itália, detendo-se especialmente nas contribuições de Mill, Green, Durkheim, Weber e Pareto. Examina criticamente as idéias de liberais como Hayek, Nozik e Rawls, e indica como um liberalismo renovado é a única alternativa para as sociedades complexas e pluralistas do mundo contemporâneo.
Esta obra trata das contradições e dos conflitos da Nova Direita, seus programas, ideias, valores e práticas. O autor, eurdito pesquisador e especialista em filosofia politica liberal, mostra como a ideologia neoliberal, mesmo em suas versões mais ousadas, não passa da faceta de um projeto racionalista que tenta uniformizar a diversidade humana. Para John Gray, ex-aliado de Margareth Thatcher e de sua cruzada privatizante e "antiestatista", a Nova Direita comete o equívoco de construir mentalmente um destino fixo e certo que nortearia a humanidade a buscar acertar e disciplinar os passos da sociedade em direção de certos objetivos.