O Banco Mundial e os anos de ajuste na América Latina
Este livro analisa o papel do Grupo Banco Mundial no período das grandes reformas neoliberais na América Latina, durante os anos 1980 e 1990. Nessa perspectiva, destacam-se os programas de ajustamento estrutural e a questão da influência externa sobre a tomada de decisão no plano doméstico, fator fundamental para o entendimento das transformações pelas quais passou a região. Assim, pode-se observar como as grandes potências manobraram as instituições internacionais em função de seus intereses e examinar a questão do poder no âmbito internacional, a partir de uma abordagem que reúne contribuições teóricas da economia, da história, da sociologia e da ciência política.
Economista, doutor em Ciências Sociais e professor no Departamento de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Colaborador do Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas em Relações Internacionais (Unesp/Unicamp/PUC-SP), integra o Conselho Acadêmico e é pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-INEU). Atualmente, pesquisa história monetária dos Estados Unidos na University of California.
Há mais de cem anos, a violência gerada pela ação do crime organizado deixa seu rastro de sangue pelo mundo. A máfia siciliana, a chamada Cosa Nostra, além de expandir seus negócios pelo mundo, fez escola: novas organizações criminosas, algumas delas transnacionais, tomaram corpo durante o século xx. Ousadas, elas aterrorizam regiões inteiras e a cada ano incrementam suas práticas, buscando escapar à vigilância e ampliar seus lucros. Com ramificações em todas as esferas da sociedade, inclusive na política, tornam-se muito difíceis de derrotar. Como fazer frente a esse fenômeno? Fruto de décadas de vivência do autor, que sempre esteve debruçado e atuando sobre o tema, este livro oferece ao leitor um precioso testemunho sobre o universo obscuro do crime organizado, mas também sobre o vigor daqueles que trabalham e se arriscam para enfraquecer e, esperançosamente, derrotar essas organizações.
Anthony Giddens, mais uma vez, contribui, de forma ousada, para o debate contemporâneo das Ciências Humanas. Nesta nova, o autor inglês se preocupa basicamente com a definição dos rumos metodológicos da investigação científica nas Humanidades, com a reformulação da teoria crítica e com o estabelecimento de novas bases para a idéia da modernidade.
A Economia Institucional – uma das vozes críticas mais importantes contra a fé desmedida nos mercados e contra a matematização desnecessária da Economia – é muito pouco divulgada no Brasil. Esta coletânea traz doze artigos, oito traduções de trabalhos inéditos em português e quatro artigos escritos por pesquisadores brasileiros especialmente para esta obra. O livro serve como introdução ao pensamento dessa escola importante para todos os que se preocupam com a construção de uma teoria econômica mais crítica e, ao mesmo tempo, mais realista.
Este livro, com prefácio de Luiz Inácio Lula da Silva, traz um olhar sobre as múltiplas e controvertidas experiências históricas dos processos autogestionários da luta dos trabalhadores pelo socialismo, articulando o trabalho e a educação na perspectiva da promoção de um novo fazer produtivo, orientado por ações políticas, culturais, pedagógicas e solidárias.
Com base em uma detalhada etnograida do caráter inflacionário do consumo entre os índios Xikrin, ele nos mostra que o desejo indígena pelos objetos que lhes são entrangeiros não é espúrio, inautêntico e exótico. Ao contrário, é a expressão de um propósito e de uma história propriamente indígenas, com profundas conexões com a cosmologia, o sistema ritual e o parentesco. Sendo parte de um projeto que estuda as transformações ocorridas entre os povos indígenas contemporâneos, este é um trabalho antropológico valioso e inovador, em que o autor reflete sobre um tema candente para muitas populações indígenas no Brasil: a relação com os não-índios, com o Estado e com a economia capitalista.