Os cinco ensaios desta obra retratam os caminhos percorridos por Luiz Gonzaga Belluzzo em sua tentativa de desvendar os movimentos contemporâneos do capital. No lugar de uma reflexão árida e impermeável, à imagem de muitas interpretações econômicas tecnocratas, o autor nos oferece aqui um panorama multifacetado e transdisciplinar de algumas questões centrais do mundo moderno, como a financeirização da economia. Para isso, o autor lança mão de clássicos da economia política, como Marx e Keynes, filósofos, como Berman e Marcuse, e vozes contemporâneas, sejam elas de representantes do sistema econômico ou de movimentos sociais contestatórios.
Professor do Instituto de Economia da Unicamp. Formou-se em Direito e Ciências Sociais, fez pós-graduação em Desenvolvimento Econômico pela Cepal e doutorou-se em Economia pela Unicamp. Fundador da Facamp, recebeu o Prêmio Intelectual do Ano (Juca Pato) em 2005. É autor de Ensaios sobre o capitalismo no século XX (Editora Unesp, 2004).
Reflexões sobre visões históricas do capitalismo no século XX e suas transformações recentes, observações sobre os principais pensadores criticos desse sistema e quatro artigos sobre futebol – uma das paixões do autor – tornam este livro uma leitura agradável que oferece uma ampla visão de questões que ocupam nosso dia a dia econômico e social. Ao reunir parte dos artigos que o economista Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo publicou na imprensa, esta coletânea oferece exemplos de textos de um intelectual que, ao longo de sua carreira, se caracterizou pela coragem de debater suas opiniões dentro e fora do mundo universitário.
O presente volume reúne textos do Professor Luiz Gonzaga Belluzzo (com exceção dos textos escritos entre 1995 e 2009). O foco destas contribuições é a análise das principais características e transformações do capitalismo em âmbito mundial, culminando com a discussão das origens e possíveis desdobramentos da atual crise. O livro foi estruturado em duas partes: na primeira são apresentados ensaios de natureza acadêmica, enquanto na segunda – que inclui uma instigante entrevista com o autor – foram selecionados artigos recentes elaborados para a imprensa, no calor dos acontecimentos críticos que abalaram a economia mundial.
Este é um livro que ganhou fama, antes mesmo de ser publicado. Desde 1975, quando João Manuel apresentou O capitalismo tardio como tese de doutoramento, as cópias xerografadas circulam pelo Brasil inteiro, cada vez menos legíveis pela incessante reprodução. O autor, como de hábito, ignorou sistematicamente o sucesso de seu trabalho clandestino e desdenhou os elogios. Absorveu as objeções com o mesmo rigor com que costuma avaliar os méritos de sua própria obra. Por isso desapontou os críticos com o silêncio e suportou os apelos para publicar o livro, com o desapego dos que já estão pensando novas questões. A distância que João Manuel guarda em relação a seus trabalhos terminados é proporcional à intimidade que mantém com o pensamento vivo e questionador.
A relação entre os intelectuais e a política jamais deixou de estar no centro das atenções. Com o que ficar: com a verdade do conhecimento ou com os fatos do poder; com as dúvidas "pessimistas" da razão crítica ou com as certezas quase sempre "otimistas" da vontade política? É sobre perguntas como essas que o autor se debruça. O pensamento político e a análise da cultura são convocados em conjunto para dar um diagnóstico de algumas das questões mais importantes da sociedade contemporânea.
Esta obra trata de estudo do meio rural brasileiro, com enfoque para o impacto causado pelos assentamentos rurais, que representam a vitória do processo de luta pela terra, cujas novas condições de vida ainda precisam ser construídas.