O livro Da Interpretação, de Aristóteles, é um daqueles pequenos textos que conheceram a glória ainda na Antiguidade, seja pelo tema, seja pelo tratamento genial conferido ao seu conteúdo, seja pela concisão, que facilitaria o trabalho de reprodução dos copistas. Trata-se de um texto seminal para os estudos de lógica, especificamente sobre a estruturação lógica da linguagem, e um dos mais conspícuos pontos do diálogo de Aristóteles com o pensamento contemporâneo.
Aristóteles (384 a.C-322 a.C), conhecido como “o estagirita”, por ter nascido em Estagira, na Grécia, pode ser considerado, ao lado de Sócrates e Platão, um dos sustentáculos de todo o pensamento ocidental. Seus estudos envolveram, entre outras áreas, a metafísica, a política, a retórica, a lógica, a biologia e a estruturação da poética.
Para Aristóteles, a filosofia se ocupa de todas as coisas existentes, mesmo não tendo a ciência de cada uma delas. Porém, para fazê-lo, devemos considerar todas as coisas em algum sentido que nos permita estudá-las como um conjunto. Diante desse desafio, o filósofo grego propõe que a multiplicidade de seres, a partir de suas propriedades gerais, pode ser classificada com base em dez conceitos fundamentais – as chamadas categorias. Constituindo a espinha dorsal da filosofia aristotélica, esta obra pavimentou, como paradigma primeiro, o caminho para vasta e variada tradição filosófica, lógica e epistemológica, sobretudo no Ocidente.
O livro procura contribuir para uma reflexão crítica acerca da natureza da informação, mais precisamente do seu conteúdo ontológico. O autor discute algumas abordagens conceituais da informação, dentre elas aquela subjacente à Teoria Matemática da Comunicação, as de Dretske e Juarrero e a implícita no pragmaticismo exposto por Peirce. Uma segunda contribuição está na reflexão sobre a natureza da ação, ancorada em abordagens informacionais. Para o autor, inegavelmente, informação e ação estão profundamente relacionadas, já que além de exercer influências sobre a ação, a informação também é utilizada como suporte conceitual para perspectivas explicativas da ação.O trabalho ainda se debruça sobre o novo caráter da informação, que virou mercadoria de elevado valor político, social e econômico. O seu domínio, a sua obtenção e a sua distribuição são frequentemente utilizados como parâmetro para definir o poder ou o grau de progresso de um indivíduo ou grupo social. O seu controle costuma também gerar ações, individuais ou coletivas, por vezes benéficas, outras vezes altamente destrutivas.
Ao investigarem “a morte do autor” e a falência da linguagem, os críticos dão com a arma do crime com as impressões digitais de Derrida (1930 - 2004). Nenhum outro filósofo levantou tanta suspeita ou foi tão desafortunadamente desfigurado. Johnson nos mostra que “desconstrução” não significa “destruição” e que em Derrida se pode conhecer o que há de mais relevante sobre nosso tempo.
Marramao discute o típico dualismo ocidental entre pensamento laico e religioso. A noção de secularização e secular, em especial, merece do autor um estudo aprofundado onde são reconstruídos contextualmente os deslocamentos semânticos e as extensões metafóricas pelos quais esta crucial e controversa noção veio a se transformar de terminus technicus, originariamente surgido no âmbito jurídico, em básico conceito teológico e de filosofia da história.
Benjamin retratou uma época marcada por radicais transformações da percepção e do comportamento dos cidadãos: o crescimento vertiginoso das grandes cidades, o impacto do trânsito, do reclame e das novas formas de mídia, a sensação de viver num mundo kafkiano e surrealista... Toda essa polifonia está presente nos artigos deste livro.