Estudos sobre Husserl e as antinomias fenomenológicas
A crítica da fenomenologia foi uma constante na experiência intelectual de Adorno desde sua juventude, seja através de Husserl, seja através de Heidegger. Editado em 1956, este livro apresenta uma original crítica materialista de Husserl que não ignora a necessidade de imersão no conceito. Nele, o leitor encontrará temas e estratégias que serão desenvolvidos de maneira mais acabada no projeto adorniano de uma dialética negativa. Nesse sentido, o livro estabelece uma ponte entre a juventude e a maturidade de Adorno, permitindo que o leitor de língua portuguesa tenha uma visão mais fiel da gênese de seu pensamento.
Theodor W. Adorno (1903-1969) foi um filósofo alemão e um dos principais teóricos da cultura. Fez parte da corrente conhecida como Escola de Frankfurt, ao lado de Max Horkheimer, Walter Benjamin e Jürgen Habermas.
Último curso ministrado por Theodor W. Adorno, estas lições de Introdução à Sociologia são o registro privilegiado da capacidade do filósofo alemão em expor, para um público amplo de iniciantes, os meandros de sua teoria crítica da sociedade. Nelas, vemos Adorno confrontar-se à tarefa da formação ao mesmo tempo que fornece as principais balizas que nortearam sua prática de sociólogo. O resultado é um documento maior da experiência intelectual adorniana em seu momento de maturidade.
Escrito em um momento decisivo do debate das vanguardas musicais pós-Segunda Guerra, este livro traz uma proposição maior referente à teoria adorniana da arte. Trata-se da defesa de que a modernidade das obras não está necessariamente vinculada à modernidade dos materiais. Assim, Berg, o compositor pretensamente mais regressivo da Segunda Escola de Viena, pode aparecer como nome fundamental para a compreensão dos problemas que continuam a animar a composição musical.
O que as colunas de astrologia realmente dizem? Adorno mobiliza crítica social e psicanálise freudiana a fim de expor como a ideologia do capitalismo tardio tem a força insidiosa de configurar até mesmo o que dizem os astros.
Escrito originalmente como tese de doutorado na década de 1920, o livro de Adorno sobre Kierkegaard consistiu em um trabalho pioneiro de análise crítica e marxista da cultura. Sobre esta obra, Walter Benjamin escreveu: “pertence à classe de raros e peculiares primeiros trabalhos que revelam um pensamento vigoroso para apreciação da crítica”. O livro traz, ainda, dois outros ensaios de Adorno sobre o filósofo, produzidos em distintos contextos. Na década de 1940, ele se debruça sobre os discursos religiosos kierkegaardianos; e, vinte anos mais tarde, concentra-se nos abusos cometidos contra a obra do pensador dinamarquês, ressaltando seu lado não conformista, crítico e de certo modo profético. Nestes três textos, Adorno revela parte do desenvolvimento de sua produção, bem como abre novas perspectivas para a compreensão da obra de Kierkegaard.
A relação entre Adorno e a psicanálise sempre foi um eixo maior de sua experiência intelectual. Sua perspectiva materialista e suas estratégias de crítica social são incompreensíveis se não levarmos em conta o que Freud lhe revelou a respeito da gênese do Eu e da estrutura pulsional da vida social. Neste volume, o leitor encontrará os textos de Adorno dedicados à construção de uma crítica social psicanaliticamente orientada. Em vários momentos, um modelo de crítica da razão como análise de patologias sociais se apresenta para permitir a compreensão mais precisa de fenômenos como o fascismo, a personalidade autoritária e os impactos psíquicos do capitalismo.