Ensaio de interpretação histórica
Neste livro, o autor examina as relações entre democracia e política externa, tema para ele de indiscutível atualidade e importância, que, no entanto, tem escassa presença na literatura em língua portuguesa. A obra foca o Brasil após a redemocratização, em 1985, para avaliar se a política externa brasileira tornou-se mais democrática no novo contexto ou se, apesar de ter ganhado mais espaço na mídia nesse período, continuou sendo decidida exclusivamente pelo Estado.
Dawisson Belém Lopes é professor adjunto do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Neste livro, originalmente publicado em inglês pela Lexington Books (2009), Tullo Vigevani e Gabriel Cepaluni delineiam, de maneira clara e encadeada, o caminho histórico que o Brasil percorreu desde então em sua política externa: Sarney e as pressões para a mudança; Collor/Itamar Franco e o turbulento governo, que deu início às transformações liberais; Fernando Henrique Cardoso e a absorção e consolidação de mudanças resultantes da globalização, levando à autonomia pela participação; e Lula, com sua ênfase nas negociações comerciais internacionais e na busca de aprofundamento da coordenação política com países em desenvolvimento.
Um livro que sobrepuja a história dos índios e suas relações com o Estado. Além de colocar os xavante no foco dos embates políticos e disputas ideológicas que atravessaram o período entre o Estado Novo a Constituição de 1988, o livro enfoca a luta desses índios que clamam pelo direito de possuir a terra e de permanecer xavante.
Para entender a crise política que redundou no impeachment de Dilma Rousseff é necessário tomar em consideração uma dimensão da vida social cuja importância é ignorada ou descurada na maioria das análises disponíveis. As facetas mais visíveis da crise – como a polarização política na eleição presidencial de 2014, a disputa ideológica do neodesenvolvimentismo com o neoliberalismo, as grandes mobilizações de rua pró e contra o governo Dilma, a Operação Lava-Jato e outros embates que marcaram ou que ainda marcam a cena política nacional – devem ser explicadas recorrendo não só aos valores e à organização desses movimentos e instituições, mas, sobretudo, aos confl itos distributivos de classe que atravessaram e atravessam a sociedade brasileira. O exame multifacetado desses conflitos e de suas complexas relações com os embates que agitam a cena política nacional talvez seja a principal contribuição de Reforma e crise política no Brasil.
Uma abordagem da Reforma Política brasileira, no que se refere às coligações eleitorais e seus impactos sobre o sistema partidário, propiciando uma reflexão das mazelas da fragmentação do sistema partidário, do problema da tradição federativa, da nacionalização dos partidos e do sistema partidário brasileiro. Apresenta as coligações eleitorais entre 1954-1962; a lógica das coligações no Brasil; os efeitos das coligações e o problema da proporcionalidade; e uma análise comparativa das estratégias eleitorais nas eleições majoritárias (1994 - 1998 - 2002), referindo-se às coligações eleitorais versus a nacionalização dos partidos e do sistema partidário brasileiro. Ao subsidiar um foco do perfil dos partidos e da classe política brasileira, em especial, suas identidades no espectro ideológico, possibilita adquirir indicadores sobre o impacto do Poder Executivo (estadual e nacional) sobre os partidos e o sistema partidário brasileiro.
Data de muito tempo no Brasil o início do registro de cenas em película. No entanto, embora tenha havido iniciativas de grande envergadura na área cinematográfica, tais experiências naufragaram em maior ou menor grau entre 1930 e 1966 (ano da criação do Instituto Nacional de Cinema), período investigado mais detalhadamente pelo presente estudo. Em busca de compreender por que o cinema não se desenvolveu aqui na mesma proporção de outros países, a autora recolhe e analisa, a partir dos vestígios desses naufrágios, elementos reveladores e surpreendentes da trajetória da sétima arte em nosso país, na qual o Estado esteve intimamente imbricado. O objetivo do livro não é retraçar a relação entre Estado e cinema no Brasil até o momento presente, mas sim identificar e comparar tal relação em dois momentos políticos distintos, o regime autoritário e a democracia. São trabalhados em detalhe os aspectos políticos relacionados à economia e à legislação cinematográfica. O leitor interessado em cinema brasileiro encontrará nesta terceira edição ampliada do estudo de Anita Simis profunda reflexão e pesquisa sobre o desenvolvimento pregresso do cinema brasileiro, que são preciosos insumos para a análise do atual momento da nossa indústria cinematográfica.