Iris Murdoch está entre os grandes filósofos e escritores do século XX e A soberania do Bem é sua obra filosófica mais importante e de impacto mais duradouro. Certa vez, Murdoch observou: “a Filosofia muitas vezes é uma maneira de encontrar ocasiões para dizer o óbvio”. O que era óbvio para Murdoch – e se tornou também àqueles que leem seu trabalho – é que o Bem transcende todas as coisas – até mesmo Deus. Ela argumenta que a Filosofia erroneamente tem se concentrado em cogitar sobre o que é certo fazer, em detrimento do quão bom é necessário ser. Segundo ela, essa distorção só pode ser corrigida a partir da restauração da noção de “visão” ao pensamento moral.
Nascida na Irlanda, Jean Iris Murdoch (1919-1999) escreveu mais de vinte romances, cinco livros de ensaios filosóficos, além de peças teatrais e livros de poesia. Sua obra lhe rendeu inúmeros prêmios, entre os quais se destacam o Booker McConnell e o Whitbbread.
A ameaça do fantástico reúne seis artigos nos quais o autor se concentra em questões teóricas sobre a definição do fantástico, na tentativa de conceituar e delimitar o gênero e buscando mapear historicamente seu surgimento e sua configuração.
Este livro traz um potente curso de Henri Bergson proferido no Collège de France durante o ano universitário de 1901-1902. Inédito no Brasil, o texto traz um mergulho do autor nos temas do tempo e do conceito, a natureza da "duração" e a do conhecimento conceitual, bem como em suas mútuas imbricações.
Esta tradução da Metafísica do Belo, de Schopenhauer, compreende o conjunto de preleções lidas pelo filósofo em 1820, na Universidade de Berlim. A elas se juntam as preleções intituladas Teoria de toda a representação, pensamento e conhecimento; Metafísica da natureza; e Metafísica da estética. Mediante tais textos tem-se um acesso dos mais claros e didáticos ao pensamento do filósofo de Frankfurt, que já primava pela clareza expositiva, contra a corrente estilística germânica de sua época e seguindo a tradição britânica. As Preleções permanecem atuais não só pela investigação da essência íntima da beleza, mas também pela ressonância em diferentes autores, como Nietzsche, Freud e Machado de Assis. O filósofo eleva a arte a uma categoria suprema e reconhece, na contemplação desinteressada, uma forma de neutralizar momentaneamente o sofrimento existencial.
O nome do filósofo inglês Francis Bacon é normalmente associado às origens do método científico, às teses empiristas e à crença na capacidade da ciência de controlar o mundo, crença espelhada pelo conhecido lema "saber é poder". Neste livro, escrito em 1609, procura-se uma inusitada conexão entre o conhecimento e o aperfeiçoamento do homem. Trinta personagens do rico universo simbólico da mitologia grega, como Cupido e Ícaro, têm seu significado analisado por uma ótica que privilegia os ensinamentos morais e práticos que é possível retirar de cada um.
Obra fundamental para o pensamento democrático moderno, este livro é composto por ensaios do pensador italiano Alberto Filippi e do professor brasileiro Celso Lafer, que examinam e revelam a influência do pensamento de Norberto Bobbio fora da Itália. Filippi aborda os eixos fundamentais da obra de Bobbio e suas influências na produção intelectual na Europa e na América, enquanto Lafer se debruça na contribuição do pensamento de Bobbio no Brasil e em Portugal. Uma homenagem póstuma a Bobbio, um dos maiores teóricos do século XX, professor italiano que conseguiu aliar a moderna Filosofia do Direito, a Teoria Geral da Política e a apaixonada defesa dos direitos fundamentais, única garantia que tem a sociedade civil no plano nacional e internacional para levar adiante a socialização positiva das idéias de justiça e de liberdade.