Nessa magnífica obra, Terry Eagleton oferece um estudo abrangente da tragédia – de Ésquilo a Edward Albee –. discutindo tanto a teoria quanto a prática e transitando entre noções de tragédia e análises de obras e autores em particular. Essa surpreendente tour de force vai além do palco e reflete não apenas sobre a arte do trágico, mas também sobre tragédia na vida real. Explora a noção do trágico no romance, examinando escritores como Melville, Hawthorne, Stendhal, Tolstói, Flaubert, Dostoiévski, Kafka, Manzoni, Goethe e Mann, assim como romancistas ingleses.
Terry Eagleton é teórico e crítico literário, filósofo e intelectual público. Atualmente, ocupa o cargo de Distinguished Professor de Literatura Inglesa na Universidade de Lancaster. Entre seus vários trabalhos publicados no Brasil, destacam-se Ideologia: uma introdução (Editora Unesp/Boitempo, 1997), além de Marx e a liberdade (2002), A tarefa do crítico (2010), A ideia de cultura (2.ed., 2011), Doce violência: A ideia do trágico (2013), O sentido da vida: uma brevíssima introdução (2021), Sobre o mal (2022), Esperança sem otimismo (2023) e Materialismo (2023), todos pela Editora Unesp.
Este perfil biográfico e intelectual de Terry Eagleton, além de acompanhar a trajetória do mais rebelde dos críticos culturais ingleses, ilumina as transformações da teoria cultural, da história das ideias, da sociologia e da própria teoria marxista nos últimos cinquenta anos. Acompanhamos aqui a gênese da visão política deste prolífico e profundo defensor do igualitarismo e compartilhamos de seu olhar aguçado para desafiar e modificar o campo da teoria literária.
Para Marx (1818 - 1883), o ser humano é livre quando produz sem o agulhão da necessidade física. Esta é a natureza essencial de todos os indivíduos. Eagleton nos faz ver que Marx está mais preocupado com a diferença do que com a igualdade e que a liberdade, para ele, implicaria a libertação do trabalho comercial: “superabundância criativa acima do que é materialmente essencial”.
Eagleton toma como base sua insatisfação quanto ao significado antropológico amplo e com o sentido estético rígido da "cultura", e busca algo que a diferencie de outros conceitos fundamentais da Sociologia, por considerar em jogo o uso do conteúdo da alta cultura. Busca as transformações históricas pelas quais o termo passou e seus usos contemporâneos. Ao mergulhar na crise moderna da idéia de cultura, aborda os choques culturais, a dialética da natureza e da cultura, dialogando com Marx, Nietzsche e Freud, e aprofunda a visão com relação à homogeneização da cultura de massas, a função da cultura na estruturação do Estado-Nação e a construção de identidades e sistemas doutrinários.
No início do século XIX, consolidou-se uma nova maneira de perceber as questões estéticas em contraposição àquela que lograva mais de dois mil anos de tradição. A partir de então, e de maneira evidente na obra de muitos dos críticos literários atuais, a ênfase analítica se deslocou para a relação entre o artista e a obra. Neste livro clássico, M. H. Abrams conta como ocorreu essa transformação, analisando diversas teorias estéticas a partir de atributos absolutamente essenciais que essas concepções possuíam em comum.
As cartas que Charles Darwin escreveu imediatamente após a publicação de A origem das espécies não são tão conhecidas quanto seu diário escrito durante a viagem do Beagle ou aquelas que ele escreveu durante o longo período entre seu retorno ao lar e a publicação do livro. Entretanto, elas merecem ser conhecidas, pois esclarecem muitas questões fascinantes. Como ele reagiu à sensação causada por seu livro revolucionário? Quais eram suas posições religiosas, a respeito das quais ele evitava com todo o cuidado dar explicações em público? Essas são questões tratadas nas cartas deste volume, que compreendem os anos de 1860 e 1870, uma época em que as teorias de Darwin encontraram suporte em uma série de outras publicações significativas, como Henry Walter Bates, Thomas Henry Huxley e Charles Lyell.