Elementos para a compreensão de um caminho da arquitetura brasileira, 1938-1967
Tendo em vista lacunas existentes não apenas na historiografia sobre a obra de Vilanova Artigas, mas sobre a arquitetura brasileira em geral, Miguel Antonio Buzzar se empenha em apresentar neste livro um panorama detalhado do Modernismo no Brasil, ao mesmo tempo que o articula com os caminhos da produção de Artigas.
Miguel Antonio Buzzar é mestre e doutor em estruturas ambientais urbanas pela FAU-USP e livre-docente pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC USP). Leciona na USP desde 1989, inicialmente na EESC, e,atualmente, no Instituto de Arquitetura e Urbanismo. Dono de extensa produção acadêmica, é pesquisador de arquitetura e urbanismo contemporâneos e também de programas e políticas públicas de habitação de interesse social.
Reúne cinco textos sobre o arquiteto, urbanista e historiador de arquitetura João Walter Toscano. Inclui fotografias e desenhos de 19 projetos por ele assinados, além de resumo biográfico, cronologia de obras e projetos, e bibliografia selecionada.
Ao realizar uma abordagem histórico-cultural de três literaturas de viagens europeias ao Brasil, o autor evita a biografia laudatória, a explicação economicista ou a crítica literária, enfatizando permanências e mudanças, explícitas ou sutis, em diferentes formas de descrição do país. Obras do calvinista Jean de Léry, fascinado pela língua tupi-guarani; do padre jesuíta André João Antonil, pragmático em sua análise das riquezas nacionais; e do aventureiro Richard Francis Burton, com uma inesgotável energia para compreender e classificar tudo o que via no Novo Mundo, são analisadas como autênticas e complexas percepções da realidade, que abarcam do século XVI ao XIX.
Conhecido por seus estudos na área de física atômica, José Leite Lopes, um dos mais importantes cientistas brasileiros, é o entrevistado neste segundo volume da 'Coleção Perfis Brasileiros'; 'José Leite Lopes - Unificando as forças da natureza'. Na entrevista, Leite Lopes revela uma visão abrangente do desenvolvimento intelectual e científico brasileiro a partir dos anos 1930, além de comentar sobre importantes aspectos de sua vida pessoal. Lopes trata ainda de sua participação na fundação de estabelecimentos universitários e do Centro Brasileiro de Pesquisa (CBPF), integrado ao CNPq no governo Geisel. Além da entrevista, o livro apresenta um ensaio de Leite Lopes publicado em 1966 sobre a importância do desenvolvimento científico nas nações subdesenvolvidas, uma seção iconográfica, uma cronologia dos momentos mais importantes de sua vida acadêmica e, por fim, uma bibliografia para consulta do leitor interessado em mais informações sobre o físico brasileiro.
Tem como proposta derrubar a ideia de um pensamento único na área de urbanismo no Brasil. Obra fundamental para urbanistas, pesquisadores e pensadores do espaço urbano, revela que o desejo e trabalho para construir a "cidade global" estão diretamente vinculados ao intuito de esconder os próprios defeitos, mazelas, sujeira e injustiças.
Ao adotar seu pseudônimo, George Sand havia decidido se tornar uma escritora profissional. História da minha vida é uma das obras mais importantes da autora, cuja edição inaugural se deu em 1856, por intermédio de Michel Lévy Frères, Libraires-Editeurs, Paris, em dez volumes. Sand escreveu sua autobiografia de 15 de abril de 1847 a 14 de junho de 1855, com alguns intervalos na redação dos originais. A obra causou surpresa tanto pela originalidade do fazer autobiográfico pouco confessional quanto pela história contada, a qual não se referia a seus amores em particular, mas sim delineava entre o mundo real e o ficcional as suas lembranças pessoais, calcadas no leitmotiv de que “tudo é história”. Nesse impactante empreendimento, a autora defendeu uma espécie de teoria da simplicidade, deixando-se levar pelos mecanismos da memória, para depois então editar o seu resultado.