História e estrutura
Educação superior nos Estados Unidos nos apresenta uma narrativa panorâmica sobre a constituição do sistema educacional de nível superior norte-americano. Rejeitando o caminho da adjetivação infundada, Reginaldo C. Moraes elabora uma cuidadosa análise histórica de uma das principais instituições dos Estados Unidos.
Reginaldo C. Moraes é doutor em Filosofia pela USP e professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), da Unicamp. Publicou, pela Editora Unesp, O peso do Estado na pátria do mercado (2013), As cidades cercam os campos (2008, em coautoria com Maitá de Paula e Silva e Carlos Henrique Goulart Árabe), Estado, desenvolvimento e globalização (2006) e Educação superior nos Estados Unidos (2015).
Na virada deste milênio, a economia internacional costuma ser associada à ideia de globalização. E a globalização é, frequentemente, apresentada como um processo que reduz ou mesmo anula o papel político dos Estados nacionais. O primeiro ensaio deste livro examina essas relações, mais complexas do que supõe aquela narrativa corriqueira. Em seguida, reconstitui-se a história das teorias do desenvolvimento, as reflexões que tentavam enquadrar os países “periféricos” no desenvolvimento capitalista internacional. E o Estado nacional volta à cena como elemento decisivo, tanto no papel de ato político quanto na situação de arena em disputa. Mais que uma reconstrução do passado, sempre necessária, temos aqui, também, um exercício que ajuda a pensar as escolhas do presente.
Obra que faz parte da série de entrevistas com grandes historiadores. Roger Chartier, professor e especialista em História da Leitura, reconstrói a história do livro, desde seu início na Antigüidade até a era da navegação na Internet. Fartamente ilustrada, esta entrevista demonstra como a história do livro é tributária tanto dos gestos violentos que a reprimiram quanto da lenta conscientização da força da palavra escrita.
Neste livro que integra a série de entrevistas com grandes historiadores, Jacques Le Goff e Jean Lebrun procuram fornecer os modos de compreensão da ruptura urbana que caracterizam nossa época. Por meio de quatro temas (a cidade como lugar de troca de diálogo, como lugar de segurança, de poder e de aspiração à beleza), os historiadores analisam a reconfiguração do conjunto de funções da cidade. A pesquisa iconográfica aparece aqui como complemento necessário ao texto.
Este livro surgiu do reconhecimento desse fenômeno e da tentativa de examiná-la mediante estudos caso que, contudo, fossem pensados em um quadro não casual e não casuístico. Temos aqui quatro artigos, sobre Nepal, Zimbábue, Polônia e Brasil. Quatro países, em quatro continentes. Países diferentes em suas dimensões, história, em quase tudo. Mas, com alguns intrigantes pontos de contato, como o do fato de terem, em geral, agriculturas desenvolvidas no padrão que a literatura da economia agrícola tem chamado de dual, economicamente concentradas e socialmente polarizadas.
O tema deste livro é particularmente instigante para todos os que trabalham com a formação humana: educar é apostar. Educar é trabalhar com valores e, portanto, nunca será possível obter certezas por meio da verificação experimental, já que finalidades e valores não são passíveis de testes científicos. A partir disto, Hannoun cobra do educador uma lucidez prudente, uma dada dimensão de utopia: aquela que, impregnada de um sensato entusiasmo, é capaz de produzir as mais profundas transformações.