Casamento e moral, através de análise intercultural, questiona os códigos que nos levam a ter determinadas atitudes - individuais, familiares e sociais - em relação ao sexo e ao casamento, defendendo uma nova moralidade e explorando mudanças no papel do casamento e de códigos de ética sexual. O livro gerou polêmicas na época, fazendo, inclusive, que em 1940 o autor perdesse o cargo de professor no City College, em Nova York, por considerarem suas opiniões moralmente impróprias.
Bertrand Russell (1872-1970) foi um dos pensadores mais admiráveis do século XX. Filósofo, matemático, inovador na área de educação, defensor das liberdade intelectual, social e sexual, militante da paz e de direitos humanos, tambem é autor de prolífica, popular e influente obra que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1950. Na Editora Unesp, também tem publicado Por que os homens vão à guerra (2014), Sobre a educação (2014), Casamento e moral (2015) e Educação e ordem social (2018).
A Revolução Francesa "foi, e continua sendo, a base para uma enorme esperança, a esperança de mudar o mundo, eliminando as injustiças, em nome das luzes da razão e não de um fanatismo cego. Como ela se inscreveu na história num momento determinado da evolução das forças econômicas, sociais e culturais, sabemos que seu êxito teve origem na união das aspirações da burguesia e das classes populares. E, por causa disso, percebe-se bem tudo que fica faltando: a conquista da igualdade pela mulher, a ratificação do fim da escravidão, mas, sobretudo, a eliminação das desigualdades sociais, no momento mesmo em que, ao desferir o golpe derradeiro no feudalismo, ela estabelece as bases sobre as quais irá progredir a sociedade liberal, do século XIX até os dias de hoje."
Finalmente a relação entre geografia e desenvolvimento recebe a devida atenção. Prevaleceu durante décadas a sensação de que, já que a geografia é imutável, não existe motivo para levá-la em conta nas políticas públicas. Geografia é destino? recusa essa premissa. A obra argumenta que, com base em um entendimento melhor da geografia, as politicas públicas podem ajudar a controlar ou canalizar sua influência na direção dos objetivos do desenvolvimento econômico e social. Utilizando tanto uma perspectiva internacional quanto uma abordagem de estudo de caso, o livro explora os fatores geográficos – produtividade da terra, condições de saúde, frequência e intensidade dos desastres naturais e acesso ao mercado – para ajudar a explicar as diferenças de desenvolvimento entre os países e em seu interior. Ele conclui propondo políticas que superem as limitações geográficas. Geografia é destino? é leitura obrigatória para todos que trabalham na administração federal e regional, em organizações internacionais, na universidade e no setor de pesquisa.
“O princípio supremo, tanto na política quanto na vida privada, deveria ser o de promover tudo o que for criativo e, assim, diminuir os impulsos e desejos que giram em torno da posse.” Esta obra constitui potente reflexão sobre os elementos que levam o homem a estados de beligerância e os níveis em que isso poderia ou deveria ser evitado, contribuindo decisivamente para a fama de Russell como crítico social e pacifista.
Dentre os vários assuntos discutidos neste livro, estão os medos na infância, a importância das brincadeiras, as formas de se lidar com o egoísmo infantil, o papel da escola maternal e a relevância da educação sexual. Russell aborda esses e outros aspectos que ainda frequentam a agenda dos debates pedagógicos – como a questão dos castigos físicos, por exemplo – de maneira bastante inovadora para a época e extremamente influente para experimentos educacionais posteriores.
De forma didática e atenciosa, Marc Ferro aborda neste livro o processo colonizador, em especial aquele levado a cabo pela Europa no além-mar entre os séculos XVI e XX. Alicerçado nos domínios da história, o autor lança luz sobre os eventos políticos, sociais, econômicos e culturais que sustentam o colonialismo e que, assim, dão origem a novas sociedades – das quais nem todas sobrevivem. Seguindo o formato de uma entrevista, Marc Ferro responde questões como: O que é o imperialismo? Qual a ligação entre colonização e escravatura? Como estas coexistiram com o Iluminismo? Por que muitos povos se permitiram colonizar? Como se deu o movimento de liberação das nações colonizadas? Desse modo, um tema espinhoso e muito atual é destrinchado e exposto ao grande público.