A controversa história da democracia nos Estados Unidos
Partindo de um recorte específico – “a história jurídica e política do sufrágio” nos Estados Unidos –, Alexander Keyssar enseja uma discussão ampla acerca do tortuoso caminho da democracia norte-americana. Nesta edição revisada pelo autor, são tratadas também questões que surgiram após o lançamento da versão original deste livro, em 2000, principalmente no que diz respeito à polêmica eleição presidencial de Bush versus Gore. Fruto de intensa pesquisa, O direito de voto traz elementos para o estudo da história política dos Estados Unidos desde a Independência, reunindo diversos documentos históricos – submetidos à análise provocadora de Keyssar – que dão conta do percurso do sufrágio em uma sociedade constituída em torno da autoimagem de pertencimento a um país livre, justo e democrático.
Alexander Keyssar é professor titular de história e política social da Cátedra Matthew W. Stirling Jr. da Universidade de Harvard, especialista em políticas contemporâneas e autor premiado de vários estudos.
Embora existam muitos estudos especializados sobre diversos aspectos da história religiosa, literatura, doutrina e prática chinesas, há uma escassez de livros que ofereçam um tratamento amplo das religiões chinesas e que abordem o contexto mais abrangente. Este volume se destina a atender a uma necessidade evidente de apresentações gerais ou livros que cubram todo o campo das religiões chinesas. Com esse objetivo, empreende-se cobertura abrangente, detalhada e acessível das principais tradições religiosas que, ao longo dos séculos, se desenvolveram e floresceram na China.
Nesta obra, Bobbio visita a obra seminal de Kelsen, influência constante de todo o seu pensamento político e jurídico. Nessa trajetória, temas centrais como o estabelecimento de um sistema legal internacional são devidamente abordados com as costumeiras originalidade e profundidade que sempre caracterizaram o mestre italiano.
Com o objetivo de compreender os modos de transferência das culturas ibéricas ao universo íbero-americano, Marcondes & Bellotto reuniram pesquisadores internacionais vindos da arquitetura, da música, da história e da antropologia. São oito ensaios que mostram a complexidade do processo de assimilação e recriação dos conteúdos culturais vindos das metrópoles. Dessa forma, a singularidade labiríntica e antropofágica da cultura latino-americana pode ser estudada com maior riqueza de detalhes.
Após o ocaso do marxismo ocidental, a filosofia da história foi aos poucos relegada a segundo plano. Essa é uma visão não compartilhada por Blackburn, que aqui procura recolocá-la na ordem do dia. Sua estratégia passa pela naturalização da história, pois, longe de considerar a natureza como simples pano de fundo para os atores humanos, Blackburn a reposiciona como força ativa que cria e consome a espécie humana. A natureza aparece, então, como a própria razão, graças à qual os homens se renovam e se destroem uns aos outros.
Os elos entre a filosofia e a história são o tema deste estudo. A base teórica é o pensamento do historiador Paul Veyne, que reflete sobre a sua prática de um ponto de vista que leva em conta questionamentos de cunho filosófico. A partir daí, são apontadas questões filosóficas que o historiador deve levar em conta em suas pesquisas. Ao longo do livro são definidos e encadeados elementos constitutivos da tarefa narrativa do historiador e da sua construção teórica. Temas que dizem respeito ao objeto da história e à causalidade histórica, assim como relações entre conceito, acontecimento e totalidade histórica, são enfocados, como também as diferentes concepções filosóficas da ligação entre o ato de narrar em si mesmo e o de construir filosoficamente essa narrativa.