Nesta coletânea, autores de diversas áreas buscam compreender os mecanismos que colocam em marcha no país a violência em suas variadas manifestações. Este mosaico histórico de crimes e violência presentes em nossa sociedade – praticados em diferentes tempos, de variados modos e em diversas esferas – pretende convidar o leitor à reflexão sobre as formas de infrações que fizeram e fazem parte de nosso cotidiano, na esperança de que, a partir da história e do pensamento, possamos encontrar novas formas de convivência e solidariedade.
Mary Del Priore é doutora em História pela Universidade de São Paulo (USP). Lecionou História na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas FFLCH) dessa instituição e na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. Publicou, pela Editora Unesp, Ao sul do corpo (2009), História do esporte no Brasil (2009), História do corpo no Brasil (2011), História dos homens no Brasil (2013), História dos crimes e da violência no Brasil (2017), A história do Brasil nas duas guerras mundiais (2019), História dos jovens no Brasil (2022) e O castelo de papel (2023). Em 1998, recebeu os prêmios Jabuti e Casa Grande & Senzala pelo livro História das mulheres no Brasil (Contexto, 1997).
É doutora em História pela Université de Paris I – Panthéon Sorbonne e em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). É professora do Instituto de História da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisadora-associada do Centre d’Histoire Sociale du XXème Siècle da Université de Paris I. Atuou como pesquisadora durante os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (2012-2014).
Em História dos jovens no Brasil os autores dirigem seu olhar para o passado para melhor compreender nosso tempo e a sociedade de que somos parte, produto e testemunho. E nosso passado é fundamental: raízes, heranças e permanência estão lá. Não se pode imaginar que escravidão, repressão, ditadura, cultura de massas não tenham nada a ver com a contemporaneidade. Pelo contrário: eles demonstram que nossa “modernidade” é habitada pela recorrência não apenas de problemas e diagnósticos, mas também de soluções que nos foram legadas. Para entender e caminhar ao lado dos jovens de hoje, História dos jovens no Brasil propõe que ouçamos os jovens do passado.
Mary del Priore abre ao leitor uma vista privilegiada dos conflitos e intrigas que antecederam a queda do Império brasileiro Entre descrições evocativas de Petrópolis, Rio de Janeiro e Paris, trechos de cartas que permitem vislumbrar a interioridade dos biografados e excertos de jornais e revistas que revelam os anseios populares e o cotidiano do século XIX, O castelo de papel é um envolvente retrato do período que antecedeu a queda do Império brasileiro – uma nação mergulhada em conflitos irreconciliáveis, tentando resistir à inexorável marcha da história.
Um mergulho na efervescência cultural e social da Vila Rica de Ouro Preto nos turbulentos anos da Inconfidência. Pelos olhos do jovem Francisco, A viagem proibida recria a atmosfera da Vila Rica, no coração das Minas Gerais, em um de seus períodos de maior efervescência. Os ideais de igualdade dos inconfidentes, a filosofia e a mística organizadoras da resistência quilombola e o descontentamento do povo com as autoridades coloniais se unem numa aventura que encantará qualquer interessado pela história do Brasil.
Como teriam sido os primeiros anos após o descobrimento do Brasil, ou – como se chamava na época – Terra de Santa Cruz? Apresentando as peripécias dos protagonistas Paulo e Pedro, a renomada historiadora Mary Del Priore proporciona ao leitor não apenas uma viagem através dos olhos de jovens europeus que embarcam rumo ao desconhecido, mas também uma jornada pela história do Brasil no período inicial de sua colonização.
A história dos homens no Brasil não é uma história sem tensões; é uma história composta de conflitos, dominação, subserviência e violência. E também de afetos, coragem, astúcia e negociações.