Em 1924, por ocasião do ducentésimo aniversário de nascimento do pensador de Königsberg, foram trazidas à luz as Lições de Ética, de Immanuel Kant. E o que, de fato, são essas Lições? Qual a sua natureza e a sua origem? Muito embora Kant tenha dado em algum momento o aval para a divulgação de suas aulas, parece bastante claro que as Lições, de modo geral, não são textos que foram redigidos com o propósito de publicação. Trata-se das notas que foram tomadas pelos alunos a partir dos ensinamentos do professor em sala de aula. Apesar desse atraso na edição e na publicação das Lições de Ética, é perceptível que houve um reconhecimento progressivo da importância desses manuscritos no século XX, o que é atestado, sobretudo, nos estudos e comentários que foram desenvolvidos, a partir de então, utilizando esse material como um suplemento para a reconstrução e a compreensão do desenvolvimento do pensamento moral de Kant.
Immanuel Kant (1724-1804), nascido em Königsberg, na então Prússia Oriental, foi fundador da chamada “filosofia crítica” e é majoritariamente considerado o principal filósofo da era moderna. Dele, a Editora Unesp publicou Escritos pré-críticos (2005) e Começo conjectural da história humana (2010).
A coletânea apresentada neste livro reúne boa parte dos textos publicados por Kant entre 1762 e 1770, quando, já bastante conhecido no meio filosófico alemão, ocupou o cargo de Magister na Universidade de Königsberg. Essa reunião não é arbitrária. Ela dispõe de um critério que subordina sua referência cronológica principal - a década de 1760 - a uma unidade de natureza intelectual, e marca uma etapa decisiva da trajetória de Kant, iluminando sua filosofia madura, a qual inicia com a Crítica da razão pura, de 1781.
Neste artigo escrito em 1786, Kant examina o momento em que o homem passa do estado de rudeza animal para o de ser racional e social. Usando como guia o relato bíblico da queda de Adão, estabelece que a ruptura entre o instinto e a razão marca o começo da história humana. O filósofo salienta a especificidade do conceito de homem e faz da história uma maneira de pensar a humanidade de um ponto de vista universal e cosmopolita, entendendo a liberdade como o começo e a condição do progresso moral.
Esta edição bilíngue dos hinos homéricos destina-se a todos aqueles que se interessam por Mitologia, Religião, Língua, Literatura da Grécia Antiga e Antropologia. Todos os esforços foram envidados para que tanto a tradução dos hinos quanto os estudos sobre as divindades gregas homenageadas ficassem também ao alcance do leitor culto, de amplos interesses humanísticos, que já sabe (ou pelo menos desconfia) que a mitologia grega é muito mais que uma simples coleção de antigas lendas sobre deuses e heróis da Grécia Antiga.
Os elos entre a filosofia e a história são o tema deste estudo. A base teórica é o pensamento do historiador Paul Veyne, que reflete sobre a sua prática de um ponto de vista que leva em conta questionamentos de cunho filosófico. A partir daí, são apontadas questões filosóficas que o historiador deve levar em conta em suas pesquisas. Ao longo do livro são definidos e encadeados elementos constitutivos da tarefa narrativa do historiador e da sua construção teórica. Temas que dizem respeito ao objeto da história e à causalidade histórica, assim como relações entre conceito, acontecimento e totalidade histórica, são enfocados, como também as diferentes concepções filosóficas da ligação entre o ato de narrar em si mesmo e o de construir filosoficamente essa narrativa.
“A linguagem poderia nos ferir se não fôssemos, de alguma forma, seres linguísticos, seres que necessitam da linguagem para existir?” Sensíveis às complexidades e à emergência das discussões sobre a liberdade de expressão e cultura do “cancelamento”, as reflexões que decorrem desta leitura são atuais, necessárias e fecundas. Preocupada com a necessidade de aumentar o poder de ação de dominados e subordinados, a autora problematiza algumas importantes questões que permeiam o debate sobre a criminalização do discurso de ódio.