Este livro descreve com exatidão filológica o longo processo de composição da escrita. Estuda toda uma série de elementos que vão desde o tipo de suporte usado (o papiro, o pergaminho, as tabuletas de cera com o estilete), até, na outra ponta, aspectos ligados à difusão da obra, passando metodicamente pelas etapas da redação e das várias modalidades de edição.
Dom Paulo Evaristo Arns (1921-2016) foi cardeal e arcebispo emérito da cidade de São Paulo. Escreveu mais de 50 livros e foi um dos principais nomes na luta contra a ditadura civil militar (1964-1985); ficou conhecido como o “Cardeal da Esperança”.
O objetivo do historiador francês Georges Minois é reencontrar as maneiras como o ser humano utilizou o riso ao longo da História. O humor, para o autor, é, portanto, um fenômeno que pode esclarecer, em parte, a evolução humana. O riso é uma das respostas fundamentais do ser humano perante o dilema da existência. Verificar como ele foi e é utilizado ao longo da História constitui o objetivo deste livro. Exaltar o riso ou condená-lo, para o autor, revela a mentalidade de uma época e sugere uma visão de mundo, podendo contribuir para esclarecer a própria evolução humana.
O conceito de cosmovisão, ao qual pouco se recorre nos processos analíticos por parte de historiadores e demais pesquisadores de humanidades, será uma ferramenta fundamental que norteará os temas abordados neste livro, a começar com a análise de Zilda Iokoi sobre Coroas de glória, lágrimas de sangue, livro de Emília Viotti da Costa. Além do livro de Emília, obras de historiadores como E. P. Thompson, Nicolau Sevcenko, Aby Warburg, Tzvetan Todorov, Peter Burke e Chalmers Johnson serão igualmente objeto de exame das reflexões que compõem este volume. Em todos esses casos, autores diversos e temas por vezes díspares sugerem visita ou revisita, sempre instigante, ao clássico tema do significado de História e da tarefa do historiador.
Este livro conta a jornada em busca de oito livros perdidos, livros quase míticos: todos aqueles que os procuram estão certos de que existem e de que vão encontrá-los, mas ninguém realmente tem provas concretas e conhece rotas seguras até eles. Muitas vezes, as pistas são fugazes e a esperança de encontrar essas páginas é mínima. Mesmo assim, a viagem vale a pena. São livros que existiram e desapareceram. Byron, Gógol, Hemingway, Walter Benjamin e Sylvia Plath estão entre os autores desses ilustres desconhecidos. Os livros perdidos não são livros esboçados pelo autor e nunca nascidos: são aqueles que o autor escreveu, que alguém viu e talvez tenha até lido, e então foram destruídos ou desapareceram de alguma maneira. Livros queimados, rasgados, roubados... livros que não chegaram a nós, mas sobre cuja existência se tem certeza.
Se, antes da introdução das modernas técnicas de produção editorial, no final da década de 1960, o sociólogo francês Robert Escarpit denominou o grande incremento do mercado editorial nos países desenvolvidos, em grande parte devido ao fenômeno do livro de bolso, "revolução do livro", o que dizer das transformações ocorridas nas duas últimas décadas na própria forma como o livro é produzido? Essas transformações foram tantas e tão diversas que seria o caso de falarmos agora de uma "revolução do livro". Esse foi um dos desafios enfrentados na atualização de obra tão importante quanto A construção do livro, de Emanuel Araújo.
Este livro é a narrativa de um balanço. A avaliação do processo iniciado há mais de vinte anos. Seu objeto é o fazer científico, a atividade produtora do conhecimento. Crenças, valores e ideologias sempre criam uma espécie de filtro do olhar. A realidade concebida como objeto empírico independente pressupõe um sujeito que a reproduza. É este dualismo entre o sujeito e o objeto que vai, portanto, ser o paradigma estrutural do pensamento científico e o critério básico de sua validade científica.