O poder crescente da oligarquia financeira e o fracasso da democracia
Como compreender a situação atual, antecipar e forjar um futuro para a sociedade, sem analisar a história e, em particular, os períodos críticos das guerras e crises que nos precederam? Debruçar-se sobre a Primeira Guerra Mundial é uma experiência rica de ensinamentos. Um século se passou desde o sacrifício da juventude europeia – em particular a franco-alemã – em suas valas comuns. Hoje, as trincheiras felizmente desapareceram da Europa, entretanto as gerações atuais enfrentam uma crise profunda: crise com ramificações financeiras e econômicas – que são explicitadas neste livro –, e ainda sociais, ambientais e políticas.
Na época, a maioria da população não acreditava que eclodisse uma guerra, ou supunha que ela fosse de curta duração. E, no entanto, o confronto durou quatro longos anos.
Hoje, apesar de numerosas medidas governamentais que pretendem encontrar soluções para o desemprego e a precariedade, a falência do sistema se acelera. Este livro analisa o porquê dessa situação, compara aspectos da sociedade de 1914 e da nossa, e, por fim, sugere algumas alternativas contra a finança-cassino.
Marc Chesney é professor de Finanças e diretor do Departamento de Bancos e Finanças da Universidade de Zurique, Suíça, assim como Diretor do Centro de Competência em Finanças Duráveis. Entre 1993 e 2000, foi professor e decano associado da HEC, Paris, e atualmente é membro da ONG europeia Finance Watch. Desenvolve, em trabalho de longo prazo, uma análise crítica do setor financeiro e da chamada finança-cassino.
A degradação ambiental do planeta está sendo acompanhada pela ampliação de uma práxis ambientalista. Visando dar as informações técnicas necessárias à eficiência dessa práxis, o livro oferece textos que permitem esclarecer, de vários ângulos, os problemas ambientais. Resultado do I Simpósio Nacional de análise Ambiental, incluem-se aqui, além disso, a análise de questões metodológicas e de legislação e a apresentação dos problemas ambientais ligados ao desenvolvimento.
Responde a uma complexa indagação: o que é ser paulista? Para isso, estuda a obra dos letrados paulistas entre 1870 e 1940. Relaciona literatura e história, mostrando que os intelectuais do Estado, no período enfocado, buscaram a criação de uma identidade regional. As principais fontes consultadas foram o Almanach Literario de São Paulo e matérias contidas na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, além de romances, novelas, contos e outras narrativas. Foram analisados, entre outros autores, Júlio Ribeiro, Valdomiro Silveira, Menotti del Picchia e Guilherme de Almeida.
Em meados dos anos 1990, o discurso de um planeta unificado pelas forças do mercado empolgava e conhecia seu auge. Mas uma série de crises econômicas e mudanças geopolíticas decretam a morte de projetos como a Alca. Os textos reunidos nesta coletânea relembram este percurso e provocam uma ampla reflexão sobre a nossa época e o lugar do Brasil no mundo. Diversificados e escritos em momentos diferentes, formam um amplo panorama conceitual, mantendo uma relação constitutiva com o tempo histórico vivido.
O início dos anos 1980, em especial os períodos compreendidos pela era Reagan e pela era Tatcher, assinala um retumbante retorno ao liberalismo. Velhos dogmas voltam ao primeiro plano da ideologia econômica, retomando seu prestígio, tendo o princípio do livre-mercado como o único mecanismo eficiente de regulação. São passados em revista temas como: o período keynesiano, as novas correntes liberais, as teorias do mercado sem crises, o Estado-providência, o corporativismo, o desemprego, a depreciação do trabalho e as dificuldades dos países em desenvolvimento.
Elmar Altvater trata aqui das consequências do esgotamento dos recursos naturais pelo capitalismo contemporâneo. Ao privilegiar uma determinada estratégia energética, o capitalismo perpetua as condições de pobreza dos países do Hemisfério Sul, pois os países do Primeiro Mundo dependem daquilo que o autor chama de modelo fordista fossilista.