O trabalho tem como objetivo analisar as ideias e proposições das peças didáticas do poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956), buscando possíveis relações entre tais textos, vistos em seus princípios didáticos, e as concepções que fundamentam o processo de alfabetização. Para a autora, o estudo é justificado pelo fato de que essa temática contribui para a compreensão dos processos pedagógicos, possibilitando a discussão das práticas educacionais na escola. A pesquisadora procede a um amplo estudo histórico e documental das peças, fazendo um levantamento dos princípios didáticos que elas contêm. Compõe em seguida um panorama das concepções em alfabetização no Brasil, recorrendo a trabalhos científicos, órgãos censitários e um debate entre três professoras que alfabetizam. A construção da relação entre os princípios didáticos e as concepções em alfabetização foi se estabelecendo através da interação com essas professoras. Nessa relação de interlocução, desenvolvida por entrevistas, professoras e pesquisadora estabeleceram, juntas, variadas e ricas possibilidades de reflexão da práxis pedagógica no processo de alfabetização por meio das peças didáticas de Brecht.
Autor deste livro.
Neste livro, analisam-se aspectos do pensamento da pesquisadora Emilia Ferreiro sobre alfabetização, com ênfase em suas concepções a respeito do processo de construção do conhecimento da língua escrita, por parte de crianças, que resultam de sua pesquisa sobre a psicogênese da língua escrita fundamentada na epistemologia genética, de Jean Piaget, e na psicolinguística, de Noam Chomsky, e que tiveram significativa repercussão em nosso país, a partir de meados dos anos de 1980. O tema é abordado de uma perspectiva histórica, por meio da utilização de procedimentos de localização, reunião e ordenação da bibliografia disponível de e sobre Emilia Ferreiro e da análise da configuração textual do livro Psicogênese da língua escrita. A pesquisa propiciou tanto uma avaliação mais precisa da importância e do significado do pensamento dessa pesquisadora quanto à constatação de que a matriz invariante de seu pensamento encontra-se no livro analisado.
Este livro traz artigos e depoimentos relativos, particularmente, à experiência de avaliação de livros didáticos de História e Geografia, vivenciada no período entre 2000 e 2004 em que os livros didáticos dessas duas disciplinas tiveram avaliação coordenada pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), ainda que sejam feitas referências, a título de contextualização, a etapas anteriores do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), nas quais a avaliação estava sob coordenação do Ministério da Educação (MEC). Incluem-se, ao final, modelos dos instrumentos utilizados para realização de pesquisa e uma listagem com os nomes dos pesquisadores que compuseram as equipes de trabalho coordenadas pela UNESP.
Em um percurso no qual se entrelaçam debates teóricos e metodológicos sobre alfabetização, Mortatti destaca o problema do método como objeto de estudo privilegiado da reflexão pedagógica no Brasil. Essa escolha serve de eixo a uma reconstrução da história da alfabetização, que vai do aparecimento da Cartilha maternal (1876) às pesquisas sobre psicogênese e ontogênese da língua efetuadas nos anos 1980.
A abordagem de um passado recente da alfabetização no país no livro Lourenço Filho e a alfabetização, de Estela Natalina Mantovani Bertoletti, contribui para o debate de problemas atuais das escolas públicas como os altos índices de evasão e repetências de alunos da primeira série do Ensino Fundamental. A Cartilha do Povo, publicada pela primeira vez em 1928 e utilizada por mais de seis décadas como instrumento de alfabetização nas escolas brasileiras, e a cartilha Upa, cavalinho!, publicada de 1957 a 1970, ambas idealizadas pelo educador Manuel Bergström Lourenço Filho (1897-1970), são os objetos de estudo de Estela. Para a autora, as cartilhas de alfabetização continuam a exercer um papel "mediador" e "concretizador" de teorias e métodos da alfabetização nas salas de aula das escolas brasileiras, em dissonância com as teorias atuais de alfabetização, como o construtivismo, que combatem e pretendem superar esse instrumento.
Esta obra trata da educação e, em especial, da educação corporativa e seus desdobramentos na cultura organizacional e nas próprias correntes de educação aplicadas ao meio corporativo.