O filósofo Ayer (1910 - 1989) é mais lembrado por Linguagem, verdade e lógica (1936), que apresentou aos leitores britânicos e americanos o positivismo lógico do Círculo de Viena. Hanfling mostra, nesta introdução às obras de Ayer, como ele, e seu princípio da verificabilidade, transformou essa filosofia num tipo de empirismo britânico, na tradição de Hume.
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El Cid é um dos mais importantes mitos da história da Espanha. Ao morrer, em 1099, era não só um homem de reconhecida fama, mas um guerreiro vitorioso, que inspirou um dos textos fundadores da língua espanhola, o Poema de mio Cid. Professor de História Medieval na Universidade de York, o autor contextualiza toda a saga do herói, desvendando o que há de lenda e de verdade nas numerosas histórias de um soldado sem pátria, que vendeu seu talento tanto para cristãos quanto para muçulmanos.
Escrito em um momento decisivo do debate das vanguardas musicais pós-Segunda Guerra, este livro traz uma proposição maior referente à teoria adorniana da arte. Trata-se da defesa de que a modernidade das obras não está necessariamente vinculada à modernidade dos materiais. Assim, Berg, o compositor pretensamente mais regressivo da Segunda Escola de Viena, pode aparecer como nome fundamental para a compreensão dos problemas que continuam a animar a composição musical.
Embora reconhecido como o maior dos filósofos britânicos, Hume tem sido subestimado por uma posteridade relutante. De leitura demasiado fluente e agradável para o establishment filosófico, seus trabalhos também incomodaram pela ousadia e alcance. Daí sua caricatura na tradição. Hume, o escocês apontado como responsável pelos piores excessos dos empiristas ingleses, terminou por ser associado a um ceticismo melancólico e desanimador. Mas seu verdadeiro projeto era muito mais amplo e construtivo. Curta, lúcida e de impressionante abrangência, a cativante introdução de Anthony Quinton desvenda o completo panorama do notável empreendimento de Hume para o leitor mais geral, ao qual ele sempre quis de dirigir. Causação, percepção, crença, história, religião, economia, estética e psicologia... Hume explorou todos esses campos e trouxe contribuições originais a cada um deles. E, como revela Quinton, tudo isso com humor e vivacidade. O maior filósofo das ilhas britânicas foi também seu filósofo mais atrativo.
O século XX é repleto de “certezas” implacáveis. O totalitarismo, segundo Popper (1902 - 1994), tinha por base ideias implícitas na filosofia ocidental, de Platão a Hegel e Marx. Ele desafiou argumentos sobre os quais a esquerda e direita repousavam. Raphael sugere, neste guia, que a épica integridade de Popper pode tê-lo tornado o mais radical pensador do nosso tempo.
Para Marx (1818 - 1883), o ser humano é livre quando produz sem o agulhão da necessidade física. Esta é a natureza essencial de todos os indivíduos. Eagleton nos faz ver que Marx está mais preocupado com a diferença do que com a igualdade e que a liberdade, para ele, implicaria a libertação do trabalho comercial: “superabundância criativa acima do que é materialmente essencial”.