Considerado um dos melhores e mais abrangentes estudos mundiais sobre o período "pré-cinema", este livro é de grande importância para o estudo da arte, da fotografia e da sétima arte. Aponta ainda como efeitos do cinema contemporâneo, como fades e panorâmicas, foram inventados e empregados nos séculos XVIII e XIX. (Co-edição: Editora SENAC São Paulo) O cinema, arte e indústria, atravessou o século XX e começa o XXI numa trajetória bem documentada, repleta de fatos e personagens à disposição de quem queira conhecê-los, em filmes, livros e jornais. Este trabalho de Laurent Mannoni dedicado ao "pré-cinema", ou seja, ao esforço de conquistar a técnica da produção de imagens em movimento, mostra que também essa fase várias vezes secular foi rica de acontecimentos, com seus malogros e êxitos, seus heróis e mártires criativos - a exemplo de Christiaan Huygens, o inventor da placa animada (a projeção numa tela da imagem luminosa e movimentada) que morreu em 1695, exatamente duzentos anos antes de dar-se por inventado o cinema, ou cinematógrafo. Com clareza e vivacidade de exposição que estimulam a leitura, abrindo freqüentes "janelas" de testemunhos sempre interessantes, A grande arte da luz e da sombra, indispensável aos estudantes e profissionais de fotografia e cinema, endereça-se também ao público amplo apreciador de história, ciência, tecnologia, literatura e sociologia. O SENAC de São Paulo e a Editora UNESP dão mais esta importante contribuição à bibliografia das artes visuais no país.
Laurent Mannoni, colecionador e pesquisador, publica regularmente em revista especializadas. Mannoni é também responsável pela coleção de artefatos da Cinémathèque Fraçaise, de Paris.
Peter Burke em A arte da conversação oferece uma importante contribuição aos estudos de história social da linguagem, um domínio relativamente novo que vem provocando um vivo debate interdisciplinar. Toma como ponto de partida os trabalhos dos sociolingüistas e procura entender as transformações da língua à luz do estudo da sociedade, tratando a língua como uma parte inseparável da História Social.
Historiador da filosofia conhecido sobretudo por seus estudos sobre Rousseau e Montaigne, Jean Starobinski retoma aqui a análise da gênese ideológica da Revolução Francesa. Rastreando a formação do conceito moderno de liberdade pelo imaginário estético do século XVIII, Starobinski restitui a complexidade do ideário que animou esse importante fato histórico. Análises iconográficas e textuais aparecem entrelaçadas a fim de possibilitar a compreensão das modalidades de interação entre filosofia e imaginário.
O livro aborda o conceito de cinemateca desde o surgimento das primeiras coleções de filmes até os dias atuais, enfocando o final da década de 1950 e início da de 1960, quando um modelo específico de cinemateca, do qual o grande ideólogo foi Henri Langlois, é colocado em xeque no âmbito da Federação Internacional de Arquivos de Filmes (FIAF). O texto procura compreender ainda as especificidades da experiência brasileira no panorama político e cultural do país, analisando sobretudo o projeto político/pedagógico da instituição para o campo da educação e de políticas culturais no Brasil no período entre 1952 e 1973.
O livro debruça-se sobre a hagiografia na Hispânia da alta Idade Média, mais especificamente a Vita Sancti Fructuosi, escrita supostamente por Valério de Bierzo, no século VII, e seu ideal de eremitismo, bem como sua propaganda de tal idéia e possíveis razões, o ambiente sociocultural e religioso da época e da região, modelos anteriores de hagiografia e de eremistimo. Dialoga com filólogos e historiadores que se dedicaram ou sobre a obra analisada, ou sobre o tema, em especial nas questões propriamente históricas: o eremitismo e o monarquismo no Ocidente e seu modelo oriental; o ambiente político e sua influência na comunidade que o cerca; a relação conflituosa entre igreja secular e monarquismo.
A arte de roubar, obra contextualizada na Espanha oitocentista, traz um estudo sobre a arte do embuste, ou, como diz seu título alternativo, um “manual para não ser roubado”. Ora tendendo ao ensaio, ora ao texto narrativo, o livro apresenta uma bem-humorada crônica de costumes que surpreende por sua argúcia cortante e atualidade.