Esta obra, empregando o método comparativo, propõe estudos de caso das transições políticas do Cone Sul – Argentina, Brasil, Chile e Uruguai – em seu componente militar. Como já há transcurso temporal suficiente para isolar os elementos principais, identificar constantes, assinalar o núcleo do problema e despojá-lo de seus vínculos menos definidos, os estudos aqui reunidos são capazes de bem delinear o contexto atual da região e sua projeção no futuro.
Héctor Luis Saint-Pierre é professor titular de Segurança Internacional e Resolução de Conflito da Unesp, coordenador da área de “Paz, defesa e segurança internacional” do Programa Interinstitucional de Pós-Graduação San Tiago Dantas (Unesp/Unicamp/PUC-SP) e diretor do Gedes da Unesp.
Neste livro, o argentino radicado no Brasil Héctor Luis Saint-Pierre, remando contra a maré antiesquerdista desses tempos neoliberais, oferece um estudo bem fundamentado dos aspectos estratégicos da guerra revolucionária, tanto do ponto de vista teórico quanto do de suas manifestações práticas ao longo da história. Analisando suas concepções a partir dos gregos e mostrando suas origens camponesas, no século XV, como reação espontânea e inconsciente da massa, o autor chega às modernas teorias antiespontaneístas de Lenin e de outros revolucionários, assim como às manifestações atuais da luta armada e do terrorismo. Longe de qualquer panfletarismo, trata-se aqui de um estudo sério e erudito, que faz um apanhado atualizado da questão, e que interessa não só a políticos, historiadores e cientistas sociais, mas ao público em geral.
Abrangente e rico em informações, este livro aborda dois temas da maior relevância: de um lado, o processo histórico que leva à adoção das reformas econômicas neoliberais na Argentina sob o governo Menem e os rumos seguidos na sua implementação; de outro, a reorientação drástica que se processa na condução da política externa desse país no mesmo período.
Este estudo clássico, agora em sua terceira edição, retrata a dinâmica de integração do mercado nacional e as políticas regionais de desenvolvimento durante o período contido entre 1930 e 1970. Integração e politicas regionais ensejam o vigoroso desenvolvimento capitalista periférico. Contudo, em contrapartida, desnuda-se dramaticamente o caráter "selvagem" do capitalismo brasileiro e, justamente na periferia, intensifica-se a desigualdade social.
Este livro analisa seis experiências nacionais nas quais se esboça um complexo cenário, dividido entre o esgotamento de um ciclo econômico marcado pela liberalização dos mercados, a ascensão de governos dispostos a agir pela recuperação da liderança do Estado e a emergência de novas forças políticas e movimentos sociais. Os textos que constituem o volume procuram contemplar a convergência em torno dessa temática central, preservando, ao mesmo tempo, a diversidade de perspectiva dos autores.
Esta obra demonstra como a escravidão determinou o desprezo pelos "ofícios mecânicos" no Brasil na época do Brasil Colônia e Império, quando, após a abolição da escravatura, ninguém queria exercer atividades consideradas "coisas de escravos". Assim, a aprendizagem de ofícios acabou sendo imposta a quem não tinha meios de resistir, reforçando esse desvalor. Apresenta uma análise das instituições dedicadas ao ensino de ofícios: liceus de artes e ofícios, arsenais militares, asilos, propiciando ao leitor conhecer as propostas dos intelectuais do Império a respeito da aprendizagem profissional e seus esperados efeitos moralizantes.