Oliveira Vianna entre intérpretes do Brasil
A análise do pensamento de Oliveira Vianna é aqui ponto de partida para o jogo de confrontos com paradigmáticos autores-intérpretes do Brasil, no interior do qual a autora tece contundente crítica à denominada "teoria das ideias fora do lugar", ainda presente em análises, mesmo que pontuais, da história brasileira.
Maria Stella Martins Bresciani é doutora em História Social pela USP e professora titular em História Contemporânea na Unicamp. É autora de Londres e Paris no século XIX. O espetáculo da pobreza (Brasiliense, 10.ed., 2004); autora e co-organizadora de Razão e paixão na política (UnB, 2002) e de Memória e (res)sentimento (Ed. Unicamp, 2002, 2.ed., 2004). Tem diversos artigos publicados em livros e periódicos, no Brasil e no exterior.
É preciso acertar as contas com o fantasma de uma revolução derrotada. E abrir perspectivas para a emancipação da classe trabalhadora. Ridenti desvenda aqui o significado e as raízes sociais da luta dos grupos de esquerda. Especialmente da esquerda armada, que buscava nos anos 1960 uma sociedade mais justa. E o autor vai além da política, mostrando ainda como essa derrota repercutiu na matriz cultural brasileira.
Por meio da análise crítica de diversos autores, especialmente de língua inglesa, Philippe Poutignat e Jocelyne Streiff-Fenart mostram como a problemática sociológica da etnicidade se constitui historicamente.
O trabalho de Fredrik Barth, publicado pela primeira vez em 1969, é um marco e uma referência fundamental para os estudos sobre etnicidade. Barth é responsável pelo deslocamento de uma concepção rígida do grupo étnico para uma concepção flexível e dinâmica, para a qual as divisões étnicas devem estabelecer-se e reproduzir-se de modo permanente. Assim, o texto do antropólogo é verdadeiramente inovador neste campo.
Este livro se destina, principalmente, a examinar o surgimento e o perecimento das teorias administrativas por meio do tempo, conforme as determinações econômico-sociais existentes. Com isto, se pretende estudar a Teoria Geral da Administração como ideologia, dentro do plano traçado e fundamentando-se em textos relevantes ao assunto. Tal análise será desenvolvida em perspectiva estritamente sociológica, no nível de sociologia do conhecimento, isto é, do estudo da causa social das teorias de administração ideológicas.
Dante Moreira Leite examina as raízes conceituais do caráter nacional, sua crítica e reformulação da segunda metade do século XIX até meados do século XX, quando da Segunda Guerra Mundial. Aborda em seguida as sucessivas teorias sobre o caráter nacional brasileiro recorrendo às imagens e às formulações construídas pela literatura, pela história e pela sociologia.
Assim, partindo dos primeiros documentos sobre o país e do movimento nativista, segue examinando a construção da imagem do Brasil e dos brasileiros no Romantismo, no Realismo, na obra capital de Euclides da Cunha. Da apreciação das obras de Nina Rodrigues, Oliveira Vianna e Arthur Ramos passa em revista a obra de Manuel Bonfim, que representa sua superação, sendo já um predecessor da sociologia contemporânea. E com as obras de Paulo Prado, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Hollanda completa a apresentação do que denomina fase da ideologia do caráter nacional brasileiro, que só terminará por volta de 1950.
O pensamento capitalista é estudado neste livro como um universo repleto de complexidades e inquietações. No mundo medieval, por exemplo, de acordo com a Igreja Católica, as atividades econômicas constituíam um meio para a salvação espiritual do homem. O lucro, como um fim em si mesmo, era visto como irracional.
A disposição de submeter o "eu" a fins extra-humanos, econômicos, que tornam a acumulação do capital o principal objetivo do homem, é tratada na obra. Ocorre, assim, a subordinação a fins e propósitos próprios do sistema capitalista de produçao, vinculado aos ensinamentos de Calvino e Lutero, que prepararam psicologicamente o indivíduo para o papel que desempenha na sociedade capitalista atual.