Um estudo de repertório inserido em uma nova estética
O grande mérito deste livro é entender o coro infantil como um processo educacional em que a prática vocal se torna uma forma de desenvolvimento do jovem e da criança. Dessa maneira, passa-se a apresentar e vivenciar a linguagem musical em toda a sua diversidade, com seus múltiplos estilos e modalidades, seja tonal, modal, atonal ou eletroacústica. A pesquisadora almeja que os pequenos cantores tenham, na prática coral, uma visão global que lhes permita compreender, da forma mais abrangente possivel, a linguagem musical.
Leila Rosa Gonçalves Vertamatti é graduada em Composição e Regência pelo Instituto de Artes da Unesp, em Licenciatura Plena em Educação Artística (Música) pelo Instituto Musical de São Paulo Faculdade de Música e Educação Artística, e em Instrumento (Habilitação em piano) pelo Instituto Alberto Mesquita de Campos Faculdades São Judas Tadeu. Mestre em Educação Musical pelo IA-Unesp (2006), é professora de Educação Musical e Canto Coral (voz infantil) do IA Unesp.
Samba e identidade nacional investiga as raízes desse gênero musical tornado símbolo de um povo em meio ao projeto varguista de Estado nacional. Magno Bissoli Siqueira intercala referências a historiadores clássicos com análises detalhadas de partituras e gravações para mostrar como o samba, de marginalizado e proibido, transformou-se na música-símbolo do Brasil.
Todo construído tendo por base a estrutura expositiva da Ética de Spinoza – talvez o primeiro grande tratado de psicanálise da história –, o presente livro discorre sobre o erro na composição musical. Para tanto, parte de um argumento inicial, pelo qual se afirma que a melhor forma de entender, pensar e ensinar a composição musical é a análise. E analisamos sempre o que mais amamos. Nesse processo, nosso orolho – aquele órgão imaginário e simbiótico entre o olho e a orelha, entre o ouvir e o olhar – detecta os acertos dessas obras que nos guiam e inspiram. Mas e quanto a seus erros? Pois não há obra perfeita, e a imperfeição é mesmo sinal de que a obra é algo vivo e que decorre de fendas que se dão em seu interior, na ausência de verdades absolutas. A fenda é, entretanto, apenas um tipo de erro. Discorrer sobre os erros, diagnosticando seus tipos e avaliando, dentre tais categorias, aqueles que procuramos evitar, aqueles que combatemos, aqueles com os quais forçosamente convivemos, e aqueles que almejamos, é ao que se propõe este livro.
Este trabalho trata da questão da interlocução de Eduard Hanslick com algumas das principais doutrinas estéticas de seu tempo, por meio do estudo de algumas das influências por ele sofridas, bem como dos conceitos filosóficos que fundamentam seu ensaio Do belo musical. Pela análise do texto, o autor procura compreender de que maneira Hanslick empreende sua tarefa de resolver a questão a que se havia proposto – a de definir o belo especificamente musical – bem como a originalidade com a qual ele leva a cabo esse intento.
Compositor e autor canadense, Murray Schafer desenvolve neste livro a noção de "paisagem sonora" (soundscape). Trata-se de dar relevância ao chamado ambiente sônico que nos envolve como fenômeno musical, ambiente cuja paleta é composta por sonoridades que vão do ruído estridente das metrópoles aos sons dos elementos primordiais - terra, fogo, água e ar. Dessa forma, abre-se um novo domínio compreensivo da música, que não deixa de dar lugar aos sons antigos já perdidos e ao silêncio dos lugares distantes e esquecidos.
Este livro é um estudo analítico e interpretativo da obra Patria, do compositor canadense Murray Schafer. Patria vem sendo elaborada há trinta anos; com ela Schafer desenvolve sua proposta de recuperação do antigo poder da arte, enfraquecida pelas características inerentes à civilização contemporânea. Com a aproximação da autora ao trabalho do músico canadense, sua intenção era estudá-lo a fundo e debruçar-se sobre os aspectos socioantropológicos da obra do artista.