Este livro aborda os padrões do trabalho compulsório, no Brasil colonial e imperial, registrado pela mão de obra indígena e a escravidão de africanos e seus descendentes, acompanhando as mudanças, entre os séculos XIX e XX, para o trabalho livre, a partir da grande imigração estrangeira, em especial para o Sudeste e o Sul do país. Enfoca ainda a historia das mulheres e, por fim, lança um olhar aos pequenos trabalhadores e aos percalços do trabalho infantil, que só recentemente recebeu regulamentação e condenação, mas que continua desafiando as políticas públicas, caracterizando-se como importante problema social na atualidade.
Ida Lewkowicz é doutora em História Social pela USP e professora do Programa de Pós-graduação em História da Unesp, câmpus de Franca. Autora de artigos sobre a família em Minas Gerais, integra a equipe do Programa Internacional de Bolsas da Fundação Ford/Carlos Chagas, de ação afirmativa, no Brasil.
Manolo Florentino é professor do Instituto de História do Departamento de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. Autor de diversas obras, teve seu Em costas negras (Prêmio Arquivo Nacional 1993) publicado pela Editora Unesp em 2015.
Horacio Gutiérrez é professor da Universidade de São Paulo e autor de vários livros e artigos sobre a história da escravidão, população e trabalho, publicados no Brasil e no exterior. Foi coordenador do curso de pós-graduação em história na USP e Unesp e professor na Universidade Federal de Goiás.
Em costas negras traz uma grande contribuição para a historiografia brasileira. Resultado de uma pesquisa sobre o tráfico atlântico de escravos, este livro retoma a perspectiva econômica e social para entender os complexos processos históricos brasileiros e atlânticos. Utilizando-se de vasta fonte documental – como listagens dos navios negreiros, testamentos e registros eclesiásticos –, Manolo Florentino propõe uma instigante análise do tráfico de africanos para o Rio de Janeiro dos séculos XVIII e XIX, oferecendo novos elementos para compreender a migração compulsória que, por mais de três séculos, representou uma das bases da formação histórica brasileira.
Este esforço de investigação é um capítulo particularmente interessante dos estudos históricos recentes sobre a escravidão, porque contém modulações importantes não apenas no estilo de conceber as relações familiares escravas, mas também de interrogar o passado e reescrever a história. Foi a incorporação de novos tipos de fonte que permitiu conhecer melhor o que, até então, era tido por incompatível com o cativeiro.
Esta coletânea de artigos de especialistas de várias áreas (literatura, história, filosofia, sociologia), como Octavio Ianni, Fábio Lucas e Marcelo Ridenti, entre outros, discute como a produção literária, com suas pecualiaridades, pode fornecer elementos e subsídios para o conhecimento da estrutura e dinâmica da sociedade brasileira.
Esta obra analisa os principais aspectos teóricos da história recente da política fiscal brasileira. Com rigor conceitual, Lopreato examina os momentos-chave dessa trajetória, considerando que as medidas adotadas por diferentes governos resultaram de um complexo conjunto de determinações, relacionado à situação econômica, ao jogo de forças políticas e ao embate de ideias no plano interno. Um livro fundamental para se entender a realidade econômica brasileira das últimas décadas.
Este livro, de maneira inédita e extensiva, analisa a marcante carreira da Revista do Brasil, publicação de importância crucial na história da imprensa paulistana e brasileira. Na consideração das diferentes fases desse periódico ilustre, são discutidos os desafios que enfrentou e o complexo universo de ideias em que se moviam seus editores e colaboradores.