Diplomata, historiador, político e jornalista, o Barão do Rio Branco (José Maria da Silva Paranhos Júnior, Rio de Janeiro, RJ, 1845-1912) é uma das figuras nacionais mais importantes quando se pensa em relações internacionais. Ao estar envolvido em diversas negociações sobre fronteiras, teve papel de destaque na configuração de uma política internacional adaptada às necessidades do Brasil do final do século XIX. Este livro mostra facetas mais pessoais de um homem que teria preparado o terreno para uma aproximação mais estreita do Brasil com as repúblicas hispano-americanas e com os Estados Unidos. O biógrafo constrói o perfil do Barão graças à intensa pesquisa e ao mergulho no arquivo do Itamarati e nas correspondências ativa e passiva disponíveis de uma personalidade recatada e, por isso, difícil de ser conhecida.
Luís Viana Filho, professor, jornalista, politico, biógrafo, historiador e ensaísta, nasceu em Paris, França, em 28 de março de 1908, foi registrado no Distrito da Sé, Salvador (BA) e faleceu em São Paulo (SP), em 5 de junho de 1990. Em 1925, matriculou-se na Faculdade de Direito da Bahia, pela qual se graduou em Ciências Jurídicas e Sociais em 8 de dezembro de 1929.Homem de múltipas atividadades, Luís Viana Filho colaborou até o fim da vida em diversos órgãos da imprensa nacional. Granjeou renome nacional com a publicação de A vida de Rui Barbosa, em 1941, biografia a que se seguiram as de Joaquim Nabuco, Barão do Rio Branco, Machado de Assis, José de Alencar e Eça de Queirós, que lhe asseguraram lugar de destaque entre os cultores desse gênero, de tal modo que Alceu Amoroso de Lima o chamaria de "princípe dos nossos biógrafos".
O cearense José Martiniano de Alencar (Messejana, 1829 – Rio de Janeiro, 1877) é um dos maiores nomes da literatura nacional. Sua principal característica está no nacionalismo, tanto nos temas quanto na maneira de escrever diferenciada daquela utilizada em Portugal. O presente livro, no entanto, não se debruça sobre a produção literária do escritor, sendo confessadamente uma biografia. Vivenciando um momento de consolidação da Independência, o jornalista, político, orador, romancista, crítico, cronista, polemista e dramaturgo produziu uma obra que constitui um significativo esforço de conceber novos caminhos literários para o país, voltados para a busca de uma identidade nacional e para o resgate das nossas origens.
Considerado o melhor escritor realista português do século XIX, José Maria de Eça de Queiroz (Póvoa de Varzim, 1845 - Paris, 1900), é autor de obras clássicas como Os Maias e O crime do Padre Amaro. Esta biografia utiliza vasta correspondência do artista, parte dela incorporada à Biblioteca Nacional de Lisboa. É possível assim conhecer o homem de humor irreverente e estilo simples e fluente. Eça de Queiroz é apresentado como um idealista sinceramente envolvido com a inserção de Portugal no mundo moderno. Nesse sentido, sua obra jornalística e novelesca pode ser lida como uma crítica ao atraso cultural e uma tentativa de colocar a alma lusa em sintonia com um novo mundo científico do qual Portugal não podia ficar distante.
Se, antes da introdução das modernas técnicas de produção editorial, no final da década de 1960, o sociólogo francês Robert Escarpit denominou o grande incremento do mercado editorial nos países desenvolvidos, em grande parte devido ao fenômeno do livro de bolso, "revolução do livro", o que dizer das transformações ocorridas nas duas últimas décadas na própria forma como o livro é produzido? Essas transformações foram tantas e tão diversas que seria o caso de falarmos agora de uma "revolução do livro". Esse foi um dos desafios enfrentados na atualização de obra tão importante quanto A construção do livro, de Emanuel Araújo.
Esta obra dirige-se a qualquer pessoa – estudante, profissional ou simples falante da língua portuguesa – que, em algum momento de desempenho linguístico, sinta algum tipo de dificuldade na formulação de seu enunciado. Atualizada conforme o novo acordo ortográfico e organizada a partir do exame de livros, jornais, revistas e peças teatrais contemporâneos, ela informa como está sendo usada a língua e, quando oportuno, as prescrições que a tradição vem repetindo. Partindo do princípio de que o uso pode contrariar a norma, e o falante tem liberdade de escolha, o livro lhe dá a conhecer os dois lados da questão: o modo como os manuais normativos dizem que “deve ser” o uso, e o modo como, realmente, ele “é”.
Baseada em documentos do século XVI ao XVIII, a autora resgata personagens e situações anônimas para contar a história da mulher no periodo colonial. E revela as marcas deixadas pela diferença de gênero que ainda hoje fazem parte do imaginário brasileiro, como o estereótipo da santa-mãezinha provedora, piedosa, dedicada e assexuada, arquétipo que ainda hoje permanece vivo.