Estudos sobre racionalidade, pré-compromisso e restrições
Mark Hollis, então senior professor da University of East Anglia, assim se referiu a John Elster: "Sua capacidade de simplificar as tecnicalidades, de identificar aplicações originais e de vislumbrar as conexões teóricas tem ajudado à difusão de ideias por várias disciplinas". Este comentário, publicado no início da década de 1990, é hoje partilhado por estudiosos de diversas áreas, da ética à filosofia política, da epistemologia à economia: nomes como Alan Ryan, Anthony Giddens, David Miller e Stephen Lukes discutiram seus ensaios e reconheceram a relevância de suas ideias. Em Ulisses liberto, com a mesma clareza, originalidade e caráter polêmico de sempre, volta a um de seus temas recorrentes: os limites da racionalidade de nossas ações.
Jon Elster, PhD pela Universidade de Paris sob orientação de Raymond Aaron, é Robert K. Merton Professor de Ciências Sociais na Universidade de Colúmbia, tendo lecionado também em Oslo e Chicago. É autor de Ulysses and the Sirens (1979), Making Sense of Marx (1985), The Cement of Society (1989), Political Psychology (1993), Alchemies of the Mind (1999) e Explaining Social Behaviour (2007), entre vários outros livros.
Relações raciais e educação. Juntos, os temas vibram e tornam-se pontos referenciais para entender os vínculos entre as politicas públicas e a desigualdade social. Diploma de brancura traz um olhar histórico ao papel do pensamento racial na reforma e na expansão do ensino brasileiro. O autor examina a maneira pela qual leituras científicas sobre a sociedade definiam negros e carentes como deficientes e como essa concepção passou a influenciar as práticas educacionais. Enfocando a primeira metade do século XX, esta obra nos mostra as profundas raízes dos desafios sociais ligados às questões raciais.
Um livro que sobrepuja a história dos índios e suas relações com o Estado. Além de colocar os xavante no foco dos embates políticos e disputas ideológicas que atravessaram o período entre o Estado Novo a Constituição de 1988, o livro enfoca a luta desses índios que clamam pelo direito de possuir a terra e de permanecer xavante.
Esta obra de matemática, a primeira da área que nos chegou na sua inteireza da antiguidade clássica, é composta por 13 livros em que, além de definições, postulados e noções comuns/axiomas, demonstram-se 465 proposições, em forte sequência lógica, referentes à geometria euclidiana, a da régua e compasso, e à aritmética, isto é, à teoria dos números. Esta é a primeira tradução completa para o português feita a partir do texto grego.
Segundo volume da Coleção Habermas, este texto reproduz um discurso do filósofo proferido aproximadamente um mês depois do 11 de setembro de 2001. Embora circunstancial, é de grande importância no conjunto da obra do filósofo que, ao retomar o clássico tema fé e saber, adota uma nova expressão – “pós-secular” – imprimindo mudanças em sua teoria da modernidade, presente em suas obras posteriores.
Para mostrar a amplitude dos estudos do psiquiatra e psicanalista francês Jacques Lacan (1901-1981), o livro reúne artigos de alguns dos principais nomes da filosofia e da psicanálise brasileira e internacional. Formado por 12 artigos de alguns dos principais nomes da filosofia nacional e internacional, este livro traça uma cartografia diversificada que visa mostrar a riqueza das questões e promessas postas pela experiência intelectual de Jacques Lacan. Vinte anos depois de sua morte, pensar a partir e através de Lacan ainda é um desafio que alguns aceitam de bom grado.